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Observando a Educação Infantil

Autor: Dener José Datti
Data: 14/06/2016

Muitas escolas apresentam-se tendo como objeto de construção e desenvolvimento infantil focando a arte. Não sou neurologista nem psiquiatra, mas de acordo com os cientistas, temos duas regiões do cérebro, uma mais perceptiva ou intuitiva e outra mais racional.

Vejam que interessante: "A existência da lateralidade do cérebro foi comprovada pelo Dr. Roger Sperry no início da década de 60. Através de experiências em que os pacientes tiveram as conexões entre os hemisférios do cérebro desfeitas, Sperry notou a dominância do lado esquerdo nas tarefas da linguagem, da lógica e do tempo, enquanto o direito se ocupava da emoção, imaginação, visão, intuição e orientação espacial. Cada hemisfério isolado ignorava as informações às quais o outro estava sendo submetido. Mas, dependendo da idade da pessoa estudada, os aspectos holistas ou especialistas eram acentuados. Os mais jovens conseguiam desenvolver capacidades semelhantes em ambos os hemisférios, enquanto que os mais velhos apresentavam uma forte separação de funções entre os dois lados do cérebro."
  
Conclui-se então que priorizar a arte é priorizar um hemisfério do cérebro (direito). Evidentemente que estamos falando de crianças, mas devemos incentivar os dois hemisférios, a percepção e a lógica. Falo isso por experiência própria, sou artista e sempre fui muito ligado ao sentimento, à arte, à criatividade e sempre tive dificuldade com matemática, exatas, equações, etc. Acredito que mesclar é o mais coerente. As brincadeiras para crianças até cinco anos devem ser mescladas em arte, oratória, construção de objetos com brinquedos que estimulem a lógica, os números e o raciocínio.
Trabalhar apenas com arte desenvolverá inúmeras qualidades na criança, mas com certeza esta terá dificuldades na matemática.

Acredito que em primeiro lugar as regras estimulam o raciocínio. Algo muito confuso tem acontecido cada vez que se mexe em nossas leis na educação. Não se pode bater, não pode dar castigo, etc. Acho errado bater em criança, mas até onde estamos tirando as REGRAS? Quando se tira as REGRAS, tira-se a sociedade! Acaba-se com a lógica. A lógica e todo o Universo se baseiam em REGRAS e em arte também, evidentemente. Conclui-se então que as brincadeiras devem ter regras desde a primeira infância.
  
Nossas leis precisam ser revistas. Há dias atrás dois meninos de dez anos roubaram um carro, um foi morto por um PM. O PM está sendo duramente criticado por membros dos "Direitos Humanos". Quer dizer que o policial precisa esperar tomar um tiro para reagir? Que regras são essas? Gostaria que o pessoal dos Direitos Humanos trocassem de lugar com a polícia, para ver como é a realidade no Brasil, seria ótimo! Acho que nenhum deles sobreviveria! Porque não existem REGRAS na educação infantil brasileira, por isso tornam-se monstros quando adolescentes e marginais quando adultos.

Didaticamente falando, para crianças até cinco anos, a arte, o guache, os jogos com regras, o conto, o incentivo à conversação, os jogos de montar, contar, pintar, etc. são incentivadores dos dois hemisférios do cérebro. Devemos estimular os dois hemisférios do cérebro, a fim de formarmos crianças mais sensíveis e mais racionais.


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Como referenciar: "Observando a Educação Infantil" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 20/04/2024 às 00:21. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/textos/index.php?id=59