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Educação Inclusiva e o Processo de Ensino-Aprendizagem (página 2)



 2-  REVISÃO DE LITERATURA

2.1- A importância da família na inclusão social


O presente trabalho tem como objetivo principal a concepção da família na escola, e a maneira como recebem e acolhem os alunos com dificuldades especiais, ao usar a pesquisa através de conhecimentos já existentes, buscamos explicar como os autores em seus estudos observam a participação da família na escola e qual o conceito que as escolas têm no campo para a comunidade educacional.

A inclusão escolar, influenciada por diretrizes internacionais, vem se constituindo como prioritária na legislação brasileira desde a década de noventa, com base nos princípios da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994). Porem a legislação nacional parte do pressuposto que a educação inclusiva se caracteriza como uma ampliação de acesso à educação dos grupos historicamente excluídos.

Devido ao âmbito do estudo da educação Segundo a Unesco (1968), os objetivos da Educação Especial destinada às crianças com deficiências mentais, sensoriais, motoras ou afetivas são muito similares aos da educação geral, quer dizer: possibilitar ao máximo o desenvolvimento individual das aptidões intelectuais, escolares e sociais.
Quando se trata de inclusão primeiramente, é de suma importância um rompimento com a noção que o senso comum traz de cultura, onde um homem culto é aquele que teve a instrução, ou, seja conhecedor de alguma produção intelectual da humanidade, pois essa ideia de cultura é advinda da hierarquização da sociedade.

A inclusão tem um sentido que indica a situação unilateral, onde apenas o deficiente teria de lutar para ser aceito em um grupo social. A inclusão procura colocar o deficiente dentro da estrutura da qual faz parte por direito. Entre estes grupos, a escola e a família são os que em primeiro lugar precisam e devem estabelecer a inclusão.
   
Inclusão é o processo social pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparem para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social institui então, um processo bilateral na qual as pessoas ainda excluídas, e a sociedade, buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos (SASSAKI, 1997, p. 41).
   
A inclusão é um assunto de extrema importância, que representa o modelo atual, ainda discutido e em implantação no Brasil, que se atingir aos objetivos propostos, poder com um espaço de tempo, modificar muito na vida da sociedade de modo geral e especialmente para as pessoas com necessidades especiais.

A educação inclusiva não é tarefa fácil de resolver na prática, embora educadores e comunidade em geral busquem a escola de melhor qualidade para todos. Inúmeras e complexas são as condições que favorecem a proposta inclusiva. Autores nacionais e internacionais que se dedicam ao estudo da inclusão reconhecera que muitos são os obstáculos existentes. Dia te deles, ou assumimos uma postura de negação e fuga, deixando de enfrentá-los, ou os encaramos como desafios a serem superados, para o que se fazem necessárias algumas ações do enfrentamento. Tais ações alicerçam-se na crença do potencial humano e na vontade política de "fazer acontecer" (PARANÁ, 2000, p. 17).
   
A partir deste artigo de pesquisa pelos conteúdos pesquisados observa-se que os alunos com necessidades especiais, precisa de uma avaliação diferenciada, ou seja, escola inclusiva significa educar todos os alunos em salas de aula comuns, isto significa que todos, sem exceção recebem educação e frequentam as mesmas aulas.

O direito ao ensino regular tem possibilitado às crianças com necessidades educativas especiais, a busca de qualificação em várias áreas do conhecimento, desenvolvendo funções sociais e cognitivas.    

 O processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais tem sido amplamente discutido, principalmente a partir da década de 90, quando iniciou-se o debate sobre a necessidade de não somente intervir diretamente sobre essa população, mas também reestruturar a sociedade para que possibilite a convivência dos diferentes (Mendes, 2002a, p. 64).
    
Segundo Anastasiou (2004) confirma que a função do professor é, então, de provocar, instigar, valer-se dos alunos para elaborar uma ligação com o objeto de aprendizagem que, em algum estádio, consinta em uma carência deles, auxiliando-os a tomar consciência das necessidades socialmente existentes na sua formação.

O ter e o fazer devem servir para ser mais e melhor, a fim de que o ensino- aprendizagem contribua para a conscientização reflexivo-crítica dos sujeitos históricos e se recriem as possibilidades de uma pedagogia humanizadora, numa perspectiva critica e transformadora. (ANASTASIOU, p.81, 2002).
  
As relações entre ser e fazer, pois é preciso também analisar a inter-relação do ter com o ser, o ter-conhecimento comporta um valor importante, constituindo-se meio e instrumento para ser mais, aperfeiçoar e realizar o ser professor e aluno num processo de troca e interação de seus sentidos e significados em dado contexto histórico.
  
Dentre esses processos de ensino e aprendizagem a escola inclusiva, em uma perspectiva dos envolvidos neste processo de ensino necessita características especificas, para que possam acolher e educar todos os alunos sem distinção ou preconceito.
   
Segundo Kunc (1992), o principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana,  pois a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo.

O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. No entanto, o paradigma da segregação é forte e enraizado nas escolas e com todas as dificuldades e desafios a enfrentar, acabam por reforçar o desejo de mantê-los em espaços especializados.

A Declaração de Madrid (2002), define o parâmetro conceitual para a construção de uma sociedade inclusiva, focalizando os direitos das pessoas com deficiências, uma vida digna.

Numa escola inclusiva, o aluno é sujeito de direito e foco central de toda ação educacional a garantir a sua caminhada no processo de aprendizagem e de construção de competências necessárias para o exercício pleno da cidadania, que por outro lado, o objetivo prioriza as potencialidades e necessidades de uma qualidade pedagogia para que a escola  se tornasse inclusiva.

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Como referenciar: "Educação Inclusiva e o Processo de Ensino-Aprendizagem" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 04/05/2024 às 07:20. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/educacao_inclusiva_processo/index.php?pagina=1