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A Utilização da Música como facilitador no Ensino da Geografia

O professor tem um papel na sociedade primordial para que a mesma esteja sempre em um movimento progressivo, o de Provedor de Conhecimento. Muitas vezes nos deparamos com situações onde nos vemos despreparados para enfrentá-la e acabamos agindo como um veículo de propagação de informação aos alunos, porém sem se importar se essa informação está sendo assimilada pelo educando ou se ela simplesmente está sendo ouvida e descartada. Cabe ao professor então tentar meios que façam que essa informação chegue ao aluno de maneira agradável e dinâmica, sendo absorvida, interpretada, assimilada e armazenada. Para que isso aconteça nem sempre podemos nos utilizar somente de discursos e prancheta, é preciso inovar e buscar a atenção necessária e voluntária, não somente forçar que o aluno interaja em uma explicação nada interessante. Devemos criar novos veículos para atrair esta atenção. Um desses veículos que podemos utilizar e que é o tema deste texto é a utilização da música em sala de aula.

Quando pensamos em música, logo imaginamos o ouvido como órgão importante de sentido, mas é o cérebro que interpreta as ondas sonoras recebidas pelo ouvido. Assim como todos os sentidos externos do corpo humano (audição, olfato, tato, paladar e visão) a audição é resultado de uma interpretação cerebral. Quanto mais rica for uma música em seus diferentes sons (agudos, médios e graves), timbres (cordas, sopro e percussão), ritmos (pulsações), velocidades (notas longas, médias e curtas), intensidade (forte, média e fraca) com harmonia (combinação de sons simultâneos), mais o cérebro de quem a ouve será estimulado.

Recursos alternativos são cada vez mais ativos em sala de aula, tendo em vista que assim como os tempos mudam os métodos de ensino devem evoluir de acordo com a necessidade que o professor encontra de modificar seus métodos de ensino visando um melhor aproveitamento de suas aulas pelos alunos. Os recursos didáticos convencionais, tais como slides, livros, debates, etc., são muitos importantes e devem ser utilizados sempre que possíveis, porém não são totalmente eficazes, pois, muitas vezes eles acabam sendo um tanto quanto maçante para alguns alunos que exigem um pouco mais de dinamismo e de interação com a realidade vivida por ele ou por entes próximos que remetem a quase vivência do fato.

Com a evolução da tecnologia e dos recursos audiovisuais, as práticas de sala de aula passam a adotar esses recursos como forma de tornar as aulas mais motivadoras, bem como, para contribuir para o ensino-aprendizagem aos estudantes.

A música está muito ligada à cultura brasileira, tanto por influência indígena, quanto por influência negra e europeia. Convivemos com a música ao longo de quase todo o nosso dia a dia, no trabalho, em casa, na rua, em vários momentos estamos cantarolando alguma música que apreciamos. Podemos considerar que a música ouvida no dia a dia é instrumento educador, já que difunde ideias em letras e sentimentos em melodias. E por estar presente quase que integralmente na vida de cada um, a música pode se tornar um recurso eficaz na educação formal.

Faça uma pesquisa rápida entre seus colegas, professores: Quantos ouvem música enquanto trabalham em casa, corrigindo provas, por exemplo? A grande maioria, com certeza. Ora, você está lendo uma matéria escrita em parte ao som de Compositor Popular. Seus alunos também fazem suas lições, em seus quartos, com um CD ou rádio ligado ao lado. Alguns professores e pais de alunos reclamam desse hábito. Mas se é algo que normalmente fazemos, é difícil proibir ou botar a culpa do baixo rendimento escolar no Sepultura, Titãs ou Legião Urbana.

Está cada vez mais difícil perceber se os alunos levam ou não um rádio para sala de aula. Eles estão cada vez menores. E a ameaça não vem só dos pequenos receptores. A Internet nos trouxe o formato de música MP3, que pode ser gravada diretamente em chips, dispensando fitas e CDs. Foi o bastante para que uma empresa japonesa desenvolvesse um relógio de pulso com um toca-MP3 embutido. Ou seja, seus alunos podem levar a música preferida para a sala de aula dentro do relógio. Como proibir está cada vez mais complicado, a saída é usar a música como um atrativo para sua aula.

A música, arte de combinar os sons, é uma excelente fonte de trabalho escolar porque, além de ser utilizada como terapia psíquica para o desenvolvimento cognitivo, é uma forma de transmitir ideias e informações, faz parte da comunicação social. Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I, usa-se a música há muito tempo em sala de aula, mas normalmente de uma forma lúdica, sem cobrança pedagógica do conteúdo aos alunos, salvo algumas exceções. No Ensino fundamental II a música é raramente utilizada, mas ao professor interessado em enriquecer a sua prática pedagógica com música cabe estar atento à pertinência do tema musical à matéria lecionada e fazer um planejamento que permita ao aluno desenvolver análise e interpretação da letra, defendendo-a, rebatendo-a e/ou lhe acrescentando algo.

Antes de apresentar a música aos alunos, deve-se ter consciência do tema a ser trabalhado e do conhecimento prévio dos alunos.

Ao utilizar as letras de músicas no ensino-aprendizagem, possibilita-se a análise e reflexão de fatos do nosso cotidiano, por isso devem-se buscar músicas de cunho correspondentes a realidade vivida pelos estudantes, para que assim o resultado possa ser satisfatório. Há também a possibilidade de se utilizar de letras que contenham significativo valor de fatos importantes para a compreensão de possíveis assuntos que venham a estar englobados na grade curricular. Nem sempre será possível integrar a realidade vivida a um assunto a ser tratado, porém esse assunto pode ser abordado dinamicamente se houver uma música que o relate.

 
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Como referenciar: " A Utilização da Música como Facilitador no Ensino da Geografia" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 24/04/2024 às 00:52. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/a_utilizacao_da_musica/index.php?pagina=1