Você está em Artigos
Desafios da Educação Ambiental em um Mundo Consumista
Autor: Luana Peixoto Rosa
Data: 07/12/2015
Tendo no centro das discussões os "Desafios da Educação Ambiental em um mundo consumista", o presente artigo visa elencar os desafios desta temática. Um assunto tão atual e imprescindível ao debate no espaço educacional, com um público inserido numa realidade consumista.
A Educação Ambiental tornou-se um tema em voga, mas ainda perpassa por alguns desafios em sua implantação no sistema educacional, tais como: a desvalorização de sua abordagem como herança histórica; as disposições previstas em lei pela Política Nacional de Meio Ambiente para sua implantação na educação nacional que não ocorre na prática como deveria, fruto desta herança citada anteriormente; da influência que os produtores de petróleo exercem sobre o Estado forçando-o a não investir em novas fontes de energias renováveis; do papel da educação na formação dos alunos que serão o futuro das tecnologias sustentáveis; e a desvalorização na formação dos educadores sobre este tema.
A Educação Ambiental tornou-se um tema em voga, mas ainda perpassa por alguns desafios em sua implantação no sistema educacional, tais como: a desvalorização de sua abordagem como herança histórica; as disposições previstas em lei pela Política Nacional de Meio Ambiente para sua implantação na educação nacional que não ocorre na prática como deveria, fruto desta herança citada anteriormente; da influência que os produtores de petróleo exercem sobre o Estado forçando-o a não investir em novas fontes de energias renováveis; do papel da educação na formação dos alunos que serão o futuro das tecnologias sustentáveis; e a desvalorização na formação dos educadores sobre este tema.
Palavras-chave: Educação Ambiental, desafios, escola.
1 INTRODUÇÃO
Como revisão bibliográfica, os desafios da Educação Ambiental que busco abordar em minha pesquisa sobre a perspectiva da educação, criticam a falta de efetiva e ampla abordagem da questão ambiental no cotidiano escolar. Que ora é trabalhada de forma reducionista nas salas de aula, limitando-se a datas comemorativas como, dia da árvore, dia do meio ambiente e primavera. Descontextualizada da realidade dos alunos e desvinculada das demais áreas do conhecimento. Ora esquecido em meio a rotina de atividades no cumprimento do currículo. Bem como, refletir sobre o respaldo legal que regulamenta a sua presença de forma integrada ao currículo escolar. E analisar os problemas ambientais que vêm assolando o planeta nas últimas décadas e os interesses dos produtores de petróleo que forçam o Estado a não investir em fontes de energias renováveis. Além de conhecer o panorama histórico do estudo em questão, que influenciam nas mazelas ambientais dos dias atuais.
2 LEVANTAMENTO DOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR
Historicamente, a Educação Ambiental no Brasil encontrou dificuldades em receber a devida visibilidade. Dias (2010) descreve que durante a década de 70 ainda não havia no Brasil no setor da educação, mobilizações que apoiassem a Educação Ambiental. Devido ao desinteresse dos políticos que atuavam na época e por falta de política educacional ajustada.
Iniciou-se uma ação em torno da Educação Ambiental por parte dos órgãos estaduais brasileiros, influenciados pela nítida perda de qualidade de vida já com debate bem difundido internacionalmente.
A questão ambiental nunca foi o foco das atenções do Estado como mencionado por Dias (2010), acima. E continua sem receber adequada ênfase nas discussões sobre alternativas sustentáveis para a melhoria da qualidade de vida da humanidade. Pois, segundo o exposto no documentário "A última hora" (Conners, 2007), por submissão aos produtores de combustíveis fósseis, o Estado desconsidera outras alternativas sustentáveis como fontes de energia favoráveis ao meio ambiente e à vida humana. Fato que reflete nas possibilidades de investimentos no trabalho em educação ambiental.
O nosso planeta tem apresentado inúmeros desequilíbrios naturais. O documentário "Home" (Bertrand, 2009), expõe estes problemas ambientais como: a desigualdade socioeconômica devido ao fracasso do planejamento de desenvolvimento da sociedade, gerando fome, doenças e alto nível de poluição das águas; o aquecimento global culmina no derretimento das geleiras e consequentemente, o avanço dos mares, levando a população dos litorais a terem de migrar para outras regiões. Estes problemas já estão ocorrendo e poderão se agravar nos próximos anos, caso não cessem as ações do homem na exploração da natureza em detrimento de seu desejo desenfreado de consumo.
A educação é o único recurso que garantirá as renovações necessárias no modo de vida das pessoas. Parafraseando Jacobi (2005), a prática da Educação Ambiental deve ser vista como uma reflexão sobre os riscos ambientais à que a sociedade se expõe atualmente.
A efetiva implantação da Educação Ambiental no cotidiano escolar depara-se com alguns desafios, que Jacobi (2005), aponta como sendo a fragmentação do conhecimento, o fortalecimento da educação para a cidadania ambiental, configurada como parte integrante para a formação de um cidadão de fato.
A discussão sobre a Educação Ambiental segue por duas vertentes: o conservador e o emancipatório.
No padrão conservador que faz uma abordagem reducionista mencionada por Dias (2010), no "surgimento do ambientalismo nos Estados Unidos a partir de 1960" em que começam a ser debatida a questão ambiental de forma limitada. E assim se faz na prática conservadora da temática ambiental no ensino, de forma descontextualizada.
No eixo emancipatório leva em conta a Educação Ambiental Crítica. Que ocorre através da apreensão de aspectos da realidade a partir de algumas categorias conceituais, próprias do processo pedagógico.
A capacitação de profissionais reflexivos, que possam desenvolver uma prática pedagógica integrada ao meio ambiente de forma emancipatória como o citado primeiramente, também é um desafio.
O restrito debate sobre Educação Ambiental na formação dos educadores, dificulta a aceitação desta no meio educacional. Visto que na Política Nacional de Educação Ambiental nº 9.795/99, seção I, Art. 8º no inciso I, determina que a educação em geral e a educação escolar devem exercê-la capacitando os recursos humanos. E sendo na seção II, Art. 10º, determinada a sua prática integrada, contínua e permanente no ensino formal em todos os níveis. Entretanto, diante de tal restrição, no cotidiano escolar não ocorre esta abordagem. Descaso fruto de sua herança reducionista citada anteriormente.
2 LEVANTAMENTO DOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR
Historicamente, a Educação Ambiental no Brasil encontrou dificuldades em receber a devida visibilidade. Dias (2010) descreve que durante a década de 70 ainda não havia no Brasil no setor da educação, mobilizações que apoiassem a Educação Ambiental. Devido ao desinteresse dos políticos que atuavam na época e por falta de política educacional ajustada.
Iniciou-se uma ação em torno da Educação Ambiental por parte dos órgãos estaduais brasileiros, influenciados pela nítida perda de qualidade de vida já com debate bem difundido internacionalmente.
A questão ambiental nunca foi o foco das atenções do Estado como mencionado por Dias (2010), acima. E continua sem receber adequada ênfase nas discussões sobre alternativas sustentáveis para a melhoria da qualidade de vida da humanidade. Pois, segundo o exposto no documentário "A última hora" (Conners, 2007), por submissão aos produtores de combustíveis fósseis, o Estado desconsidera outras alternativas sustentáveis como fontes de energia favoráveis ao meio ambiente e à vida humana. Fato que reflete nas possibilidades de investimentos no trabalho em educação ambiental.
O nosso planeta tem apresentado inúmeros desequilíbrios naturais. O documentário "Home" (Bertrand, 2009), expõe estes problemas ambientais como: a desigualdade socioeconômica devido ao fracasso do planejamento de desenvolvimento da sociedade, gerando fome, doenças e alto nível de poluição das águas; o aquecimento global culmina no derretimento das geleiras e consequentemente, o avanço dos mares, levando a população dos litorais a terem de migrar para outras regiões. Estes problemas já estão ocorrendo e poderão se agravar nos próximos anos, caso não cessem as ações do homem na exploração da natureza em detrimento de seu desejo desenfreado de consumo.
A educação é o único recurso que garantirá as renovações necessárias no modo de vida das pessoas. Parafraseando Jacobi (2005), a prática da Educação Ambiental deve ser vista como uma reflexão sobre os riscos ambientais à que a sociedade se expõe atualmente.
A efetiva implantação da Educação Ambiental no cotidiano escolar depara-se com alguns desafios, que Jacobi (2005), aponta como sendo a fragmentação do conhecimento, o fortalecimento da educação para a cidadania ambiental, configurada como parte integrante para a formação de um cidadão de fato.
A discussão sobre a Educação Ambiental segue por duas vertentes: o conservador e o emancipatório.
No padrão conservador que faz uma abordagem reducionista mencionada por Dias (2010), no "surgimento do ambientalismo nos Estados Unidos a partir de 1960" em que começam a ser debatida a questão ambiental de forma limitada. E assim se faz na prática conservadora da temática ambiental no ensino, de forma descontextualizada.
No eixo emancipatório leva em conta a Educação Ambiental Crítica. Que ocorre através da apreensão de aspectos da realidade a partir de algumas categorias conceituais, próprias do processo pedagógico.
A capacitação de profissionais reflexivos, que possam desenvolver uma prática pedagógica integrada ao meio ambiente de forma emancipatória como o citado primeiramente, também é um desafio.
O restrito debate sobre Educação Ambiental na formação dos educadores, dificulta a aceitação desta no meio educacional. Visto que na Política Nacional de Educação Ambiental nº 9.795/99, seção I, Art. 8º no inciso I, determina que a educação em geral e a educação escolar devem exercê-la capacitando os recursos humanos. E sendo na seção II, Art. 10º, determinada a sua prática integrada, contínua e permanente no ensino formal em todos os níveis. Entretanto, diante de tal restrição, no cotidiano escolar não ocorre esta abordagem. Descaso fruto de sua herança reducionista citada anteriormente.
Como referenciar: "Desafios da Educação Ambiental em um Mundo Consumista" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 20/01/2025 às 02:44. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/desafios_da_educacao/