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Dislexia na educação infantil: um novo olhar (página 2)

Tanto a dislexia como as demais dificuldades escolares (independentes da causa) devem ser motivos de preocupação de professores e pais, com a finalidade de se desenvolver uma estratégia de ajuda, que auxilia a criança a superar os obstáculos que vão tornando impossível o ato de aprender a ler e a escrever.

É preciso uma atenção mais focada e um olhar interdisciplinar. Mesmo tendo a ajuda de profissionais experientes, o disléxico precisará de um plano escolar eficiente e eficaz para superar as dificuldades escolares, devendo ser  reabilitado nas áreas que apresentam prejuízos ao desenvolvimento de sua aprendizagem. O professor deve utilizar métodos e estratégias adequadas ao resgate das ineficiências instrumentais que o impede de adquirir eficientemente a leitura e escrita.

Tendo em vista o despreparo da maioria dos professores para lidar com esta condição, é importante que haja uma equipe multidisciplinar (psicopedagogo, fonoaudiólogo e psicólogo no caso de transtornos afetivos- sociais) treinando e habilitando o professor para que a estratégia utilizada possa atender cada caso, em função de suas necessidades especiais, bem como desenvolver com o aluno a organização e disciplina para o estudo,  enfatizamos aqui um trinômio de sucesso na dislexia: escola-profissionais-família.

Os principais erros ocorrem em função do não diagnóstico nesta fase e, como os sintomas já estão presentes, os alunos são tratados como indisciplinados, mal educados e o professor pode acreditar que a criança não vai aprender nem ler nem escrever,  já que ele pode não conseguir realizar tarefas simples como um exercício físico por exemplo, ou indicar o desenho que a professora solicitou, ou mesmo atender a uma solicitação da professora por mais simples que seja.  Porém, não é possível falar em tratamento, já que não há diagnóstico, por isso a importância deste tema na Educação Infantil.

É importante lembrar que muitas atividades (jogos, brinquedos e brincadeiras) já estão presentes no cotidiano da escola, mas o fato do professor ter consciência do que a criança está aprendendo ele direciona as atividades de acordo com as reais necessidades dos alunos. É comum os professores e pais acharem que as crianças com dificuldades precisam de atividades pedagógicas, muitas vezes enfadonhas e desestimulantes para a criança disléxica.

Por isso, quando os professores tem consciência do que as crianças estão aprendendo na brincadeira, ele brinca mais, porque sabe que elas estão aprendendo muitas coisas que aprenderiam nas atividades pedagógicas.  Vale ressaltar que para saber se não está tornado a brincadeira uma atividade obrigatória, o professor deve observar a atitude espontânea e a alegria das crianças ao participarem das brincadeiras.

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Como referenciar: "Dislexia na educação infantil: um novo olhar" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 16/04/2024 às 02:30. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/dislexia_educacao_infantil/index.php?pagina=1