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Psicopedagogia: Um Novo Olhar Frente à Disortografia (página 2)
2 FATORES FUNDAMENTAIS NO DIÁGNOSTICO DAS ALTERAÇÕES DE APRENDIZAGEM
Paín, (1992: 29-33) considera a dificuldade para aprender como um sintoma, que cumpre uma função positiva tão integrativa como o aprender, e que pode ser determinado por quatro fatores: Fatores orgânicos relacionados com aspectos do funcionamento anatômico, como o funcionamento dos órgãos dos sentidos e do sistema nervoso central; fatores específicos relacionados à dificuldades específicas do indivíduo, os quais não são passíveis de constatação orgânica, mas que se manifestam na área da linguagem ou na organização espacial e temporal; fatores psicógenos onde é necessário que se faça a distinção entre dificuldades de aprendizagem decorrentes de um sintoma ou de uma inibição. Quando relacionado a um sintoma, o não aprender possui um significado inconsciente; quando relacionado a uma inibição, trata-se de uma retração intelectual do ego, ocorrendo uma diminuição das funções cognitivas que acaba por acarretar os problemas para aprender; fatores ambientais relacionados às condições ambientais que podem favorecer ou não a aprendizagem do indivíduo.
Não importa qual seja o fator contribuinte para o surgimento de uma alteração de aprendizagem, o meio onde o sujeito esta inserido mostra-se como um dos principais, facilitando ou dificultando a aprendizagem. O ambiente familiar, social e escolar estarem diretamente ligado as influencias de aprendizagem e comportamento do indivíduo.
3 CLASSIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DE APRENDIZAGEM
Jardim, (2001:108-112) classifica as principais causas das alterações de aprendizagem em:
3.1 DISFUNÇÕES CEREBRAIS
3.1.1 Disfunções cerebrais da linguagem falada: disnomia, disfasia, dislalia, dislogia, disartria, disfonia e deficiência mental;
3.1.2 Disfunções cerebrais da linguagem escrita: dislexia, disgrafia e disortografia;
3.1.3 Disfunções cerebrais da linguagem quantitativa: discalculia.
3.2 PROBLEMAS PERCEPTIVOS
3.2.1 Do processo auditivo: discriminação, síntese, memória de curto prazo e auditorização;
3.2.2 Do processo visual: discriminação, figura-fundo, complemento, constância de forma, posição e relação espacial, visualização.
3.3 PROBLEMAS PSICOMOTORES
3.3.1 Dificuldades posturais;
3.3.2 Problemas de lateralidade;
3.3.3 Imagem do corpo;
3.3.4 Praxia global, fina ou visuomotricidade e destralidade.
3.4 AFECÇÕES BIOLÓGICAS
3.4.1 Do sistema nervoso: lesões cerebrais, epilepsia e paralisia cerebral;
3.4.2 Dos sistemas sensoriais: auditiva e visual.
3.5 PROBLEMAS DO COMPORTAMENTO
3.5.1 Hiperatividade, imaturidade sociemocional e distrabilidade;
3.5.2 Impulsividade, hostilidade e dependência;
3.5.3 Neuroses e Psicose.
3.6 FATORES ECOLÓGICOS E SOCIOECONÔMICOS
3.6.1 Envolvimento afetivo e Desnutrição;
3.6.2 Privação cultural e dispedagogia.
Como referenciar: "Psicopedagogia: Um Novo Olhar Frente à Disortografia" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 19/05/2024 às 05:39. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/disortografia/index.php?pagina=1