Adolescente e o 1º Emprego (página 2)
Segundo pesquisa realizada pelo IBGE (2001), até a década de 70, o diploma de um curso superior era garantia de emprego. Hoje, ser formado por uma universidade não dá a menor certeza a respeito do futuro profissional. As exigências do mercado de trabalho são cada vez maiores, mais de uma língua estrangeira, cursos de aperfeiçoamento e experiência. Se não fosse o bastante, estamos vivendo em uma época em que os empregos estão acabando, vivemos no mundo de serviços onde à responsabilidade trabalhista está menor, onde se deve trabalhar muito mais para se conseguir usufruir a sua produção.
Da mesma forma, os salários estão cada vez mais achatados. Os filhos da classe média que, até poucos anos atrás frequentavam escolas particulares e cursos de inglês, estão indo para escola pública. Assim, estes jovens, quando conseguem chegar a uma universidade, tem que trabalhar para custear os seus estudos, mais vezes fazendo alguma coisa que não tem nada a ver com a profissão por ele escolhida.
Um fato preocupante são os dados referentes à evasão no ensino superior, estima-se que apenas cerca de 5% dos vestibulandos estejam certos da carreira escolhida no momento de se inscrever para as provas do vestibular. Dos cerca de 500.000 estudantes que ingressam nas faculdades a cada ano, 48% desistem do curso posteriormente. Segundo dados do IBGE, chega a 85% o número de estudantes que abandonam o primeiro curso superior que escolhem.
É razoável supor que parte significativa desta evasão deve-se a insatisfação decorrente de escolhas inadequadas. Nesses casos, além de representar desgastes psíquicos, de tempo e de recursos para o aluno e sua família, a evasão representa um alto custo para o governo e instituições que, de certo modo, investiram em uma formação que não se concretizou, ocupando uma vaga que poderia ser mais bem aproveitada por outra pessoa.
Enfim, uma boa escolha profissional leva em consideração vários aspectos: o desejo que se possuí, o que é possível escolher em função da condição social, o que se espera do futuro, quais as competências e habilidades do sujeito, etc. Pode-se considerar que a melhor escolha é realizada de forma mais consciente e sempre visando como você quer que seja sua carreira profissional.
A Orientação Profissional visa, justamente, contribuir parta a ampliação do conhecimento do mesmo e de si próprio, propiciando escolhas mais saudáveis, autênticas e bem fundamentadas, e desenvolver competências que possibilitem um transitar mais seguro pelo mundo da educação e do trabalho.
O jovem ao fazer a opção pela carreira profissional que irá seguir está submetido a uma série de influências que irão determinar a sua escolha. Dessa forma o trabalho em orientação profissional deve auxiliar o orientado a ter consciência destes determinantes, favorecendo assim, uma escolha mais livre, pelo menos dos determinantes psicológicos. Assim, quanto menos ansioso for o processo de escolha, mais livre ele será.
Antes de tomar uma decisão final, é importante que o orientado considere, por um lado suas limitações e, por outro, pesquise para cada uma das profissões que tenha em mente, as instituições de ensino superior que as oferecem e suas características e exigências (CIACAGLIA, 2000, p. 115).
O enfoque da orientação profissional passa necessariamente por uma abordagem curricular, isto é, uma intervenção de longo prazo integrada aos currículos escolares, seja de forma transversal às disciplinas, seja de forma de uma disciplina ou programa específico de educação para carreira, aquilo que for mais viável. Aqui não se está falando de intervenções esporádicas dos Serviços de Orientação Educacional (SOE), na forma de semanas de informação profissional, testes vocacionais coletivos e sessões de orientação. Que apesar de limitados, tem sua utilidade, tão pouco, de programas restritos e educação técnica profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELORS, Jacques (coord.). Os Quatro Pilares da Educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo, p. 89-102.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997, p. 43.
FURASTE, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o trabalho científico. 14 ed. Porto Alegre, 2006.
GADOTTI, M. Perspectivas Atuais da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
LIBÂNEO, Jose Carlos. Didática e Prática Histórico-Social, São Paulo: Cortez, 2001.
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo, Editora Cortez, 1997.
SNYDERS, G. A Alegria na Escola. São Paulo: Manole, 1988.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: Projeto de Ensino Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. São Paulo: Libertad, 1999.
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