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Inclusão, Avaliação e Autismo (página 2)

As adaptações propostas pela LDBEN, especificamente, quanto às avaliações, são forma de possibilitar autonomia aos alunos com nee. O MEC afirma que os mestres sentem urgência de adaptar a forma avaliativa para tais alunos. Sendo assim, se continuarmos com a função normativa e seletiva da avaliação, comparando uns aos outros, os "especiais” poderão ser prejudicados nesse "confronto”, visto que muitos não alcançarão todos os objetivos propostos pelo ensino "padrão” ministrado.

Pensando em formas avaliativas inclusivas, mencionamos: observação e registro, portfólio e diário do professor. Observação e registro devem ser feitos de modo que o educador analise seu aluno em todos os aspectos: cognitivo, social e afetivo - de forma contínua e periódica, descrevendo objetivos a serem alcançados, recursos utilizados e a maneira como o aluno saiu. Os PCNs relembram que a avaliação democrática poderá ocorrer com os seguintes códigos: oral, escrito, gráfico, numérico e pictórico.

Quanto aos alunos com autismo, que costumam pensar por imagens, sendo as palavras de pouca importância, diferentemente aos demais discentes, aconselhamos as adaptações seguintes.

Com trabalhos, testes e provas, ressaltamos detalhes que aprendemos com a teoria e a prática. Imagens coloridas e ilustrações atraem muito a atenção. Essas podem ser elaboradas com desenhos do interesse do aluno. Em uma questão matemática, podemos contar quantos cães existem dentro de um canil. Indivíduos com autismo costumam ter interesses repetitivos, por isso, devemos aproveitar, em algumas ocasiões, seus gostos.
Quanto aos textos, devem ser simples, curtos, breves.

Objetivos, até mesmo, nos enunciados das questões. E por que não diagramar as perguntas sobre o texto, entre os parágrafos relativos às questões? O pupilo lê um pedaço do texto e, logo em seguida, responde ao que lhe foi perguntado.

Múltipla escolha, relacionar colunas,  falso ou verdadeiro, facilitam o raciocínio. Avaliações orais podem ser boa opção, quando o aluno for capaz de se expressar oralmente. As tecnologias estão tão acessíveis que pelo celular podemos gravar ou filmar a realização da avaliação, a fim de obtermos uma prova da mesma, visto que o sistema assim exige.
Um ledor durante as avaliações, em outro ambiente será, também, uma possibilidade. O uso do material concreto como apoio durante a avaliação trará segurança.

A calculadora é também uma boa opção, uma vez que devemos nos preocupar com o entendimento sobre a questão e a forma de resolução alcançada. A formatação da prova também deve ser salientada. Devemos evitar que uma mesma questão se quebre entre folhas. O simples mudar de páginas pode atrapalhar o alunado com nee. E quanto ao tempo, é importante que seja respeitado o limite do aluno.

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Como referenciar: "Inclusão, Avaliação e Autismo" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 23/04/2024 às 08:36. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/inclusao_autismo/index.php?pagina=1