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O Ensino da Matemática nas Classes de Alfabetização: Como é? Como deveria ser? (página 4)

... A Matemática erige-se, desde os primórdios, como um sistema de representação original; apreendê-lo tem o significado de um mapeamento da realidade, como no caso da Língua. (...) a Matemática relaciona-se de modo visceral com o desenvolvimento da capacidade de interpretar, analisar, significar, conceder, transcender o imediatamente sensível, extrapolar, projetar. (MACHADO, 2001, p. 96)

É consenso por parte dos estudiosos da educação que as crianças já trazem do convívio fora da escola experiências e informações sobre conhecimentos diversos, no caso da matemática são amplas essas informações. É por isso que há muitos defensores do ensino da Matemática viva, significativa; aproveitando, como diz Vygotsky, os ganchos de aprendizagem para o progresso da criança. Levando sempre em consideração que cada criança é única e que as percepções matemáticas são assimiladas de modo distinto de indivíduo para indivíduo, por isso deve-se respeitar suas produções e encará-las como a demonstração da aprendizagem; buscando ultrapassar as barreiras existentes. Danyluk, confirma:

[...] As crianças trazem, de seus mundos vividos, informações sobre aspectos matemáticos e conhecimentos característicos do contexto-cultural onde vivem. [...] Considero que a construção das idéias matemáticas se dá no movimento dialético de relações construídas e reconstruídas, onde o ser humano organiza suas idéias e se revela em expressão [...] o professor que alfabetiza deve respeitar o modo pelo qual as crianças realizam seus registros, permanecendo com a criança, ouvindo-a e permitindo que ela escreva aquilo que sabe [...] (DANYLUK, 2002, p. 231)

Expressar a realidade que vivencia: papel da Língua Materna e da Matemática. Observar atentamente e analisar as variantes impregnadas na expressão são caminhos que o professor deve percorrer para ajudar os alunos a conquistarem a autonomia e a valorização do outro na sua aprendizagem.

3.2. A Musicalidade e a Matemática

Quem não gosta de ouvir uma boa música? Quem nunca parou ao toque de uma canção e lembrou de algo ocorrido? Há alguém que não se divirta ou não relaxe ao ouvir uma melodia? Como diz o ditado popular: "quem canta seus males espanta".

Para Howard Gardner, psicólogo americano que criou a teoria das inteligências múltiplas, a inteligência musical é mais uma das sete que todo ser humano possui. Ter aptidão na atuação, apreciação e composição de padrões musicais é típico de uma pessoa que tem a inteligência musical bem aguçada. É papel da escola desenvolver essas inteligências, diz o pesquisador.

Sabendo da importância da música no estímulo dos neurônios, no desenvolvimento da mente, é que vamos mostrar a relação que há entre a música e o ensino da Matemática na educação infantil. Nesse sentido RCNEI, afirma:

Diversas ações intervêm na construção dos conhecimentos matemáticos, como recitar a seu modo a seqüência numérica, fazer comparações entre quantidades e entre notações numéricas e localizar-se espacialmente. Essas ações ocorrem fundamentalmente no convívio social e no contato das crianças com histórias, contos, músicas, jogos, brincadeiras etc. (RCNEI, 1998, Vol. II, p. 213)

As músicas alegram o ambiente e são instrumentos para pais e professores estimularem a aprendizagem das crianças.

As canções a seguir exploram diferentes formas de contagem.

O CHINÊS
Tim, Tim, Tim, Tim, Tim (bis)
1, 2, 3, 4, 5, 6, olha os olhos do chinês.
O seu nome é Chin Chan Chen
Veja como ele dança bem.

1, 2 FEIJÃO COM ARROZ
1, 2 feijão com arroz.
3, 4 feijão no prato.
5, 6 bolo inglês.
7, 8 comer biscoito.
9, 10 comer pastéis.

A GALINHA DO VIZINHO
A galinha do vizinho.
Bota ovo amarelinho.
Bota um,
Bota dois,
Bota três,
Bota quatro,
Bota cinco,
Bota seis,
Bota sete,
Bota oito,
Bota nove,
Bota dez.

Com as seguintes canções, pode-se introduzir, ampliar ou revisar noções de posição, direção e sentido, complemento, par, ímpar, tempo, sequência e grandeza.

AI BOTA AQUI O TEU PEZINHO
Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho.
O teu pezinho bem juntinho com o meu. (2X)
E depois não vá dizer
Que você já me esqueceu. (2X)

FUI NO ITORORÓ
Eu fui no Itororó
Beber água e não achei
Achei bela morena
Que no Itororó deixei

Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada.

Oh mariazinha,
Oh mariazinha
Entrará na roda
Ou ficará sozinha

Sozinha eu não fico
Nem hei de ficar
Porque tenho (nome da pessoa)
Para ser meu par.

OS MESES
30 dias tem novembro
Abril, junho e setembro
28 tem só um
Os demais têm 31.

AMANHÃ É DOMINGO
Amanhã é domingo
Pé de cachimbo
Cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é fino
Bate no sino
O sino é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
Buraco é fundo
É o fim do mundo.

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Como referenciar: "O Ensino da Matemática nas Classes de Alfabetização: Como é? Como deveria ser?" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 21/10/2025 às 02:13. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/matematicanaalfabetizacao/?pagina=3