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O Perfil do Professor no Século XXI (página 2)

2. PAPEL DO PROFESSOR NOS PASSADO E NOS DIAS ATUAIS

Até meados do século XVIII a educação estava nas mãos da Igreja e os professores eram religiosos que desempenham o papel de professor como atividade secundária. Os saberes e as técnicas eram organizados por teóricos e as normas e valores praticados sofriam a influência de crenças e atitudes morais e religiosas. Na segunda metade do século XVI houve um movimento de estatização do ensino. Os religiosos foram substituídos por professores laicos recrutados pelo Estado.

Ao final deste século para ensinar era preciso uma licença ou autorização do Estado que era concedida após uma análise das condições do candidato, tais como: habilitações, idade, comportamento moral. Esta licença iniciou o processo de profissionalização da atividade docente, estabeleceu um perfil de competências necessárias para o papel de professor e contribuiu para a homogeneidade, unificação e hierarquização do ensino a nível nacional.

Surgiu então o profissionalismo docente licenciado pelo Estado para garantir serviços de qualidade. O estado instituiu um controle mais rigoroso dos processos educativos, mas não promoveu mudanças significativas na função da escola, seus saberes e normas. O professor licenciado pelo Estado, segundo Nóvoa (1995) recebeu um reconhecimento social relevante e por esta licença, uma legitimação oficial de sua atividade.

A transformação do sistema escolar garantiu o aceso à escola para todos, mas também promoveu a falta de qualidade no ensino e o professor passou a sofrer críticas generalizadas, dos que sem analisar as circunstâncias que os obrigam fazer mal o seu trabalho, considera-os como os responsáveis imediatos pelas falhas no sistema. (NÓVOA, 1995)

Hoje, os professores precisam reencontrar estímulos no interior de seu trabalho, precisam investir no desenvolvimento profissional, individual e coletivo, criando condições que permitam basear a sua carreira docente no mérito e na qualidade de trabalho promovendo assim o prestígio e a valorização da carreira.

"Os professores precisam reencontrar novos valores, novos idealismos escolares que permitam atribuir um novo sentido à ação docente". (NÓVOA, 1995, p. 29)

Ser professor no século XXI é ter conhecimentos teóricos além das disciplinas a que se propõe ministrar e uma gama diversificada de práticas de ensino. Ser professor no século XXI é desenvolver os conteúdos de modo contextualizado, globalizado e diversificado o suficiente para envolver os alunos num projeto de ensino aprendizagem capaz de despertar interesse e motivação. Ser professor no século XXI é desenvolver práticas de ensino que atendam à diversidade dos processos de aprendizagem dos alunos contemplando às necessidades individuais num trabalho coletivo de construção de conhecimento.

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Como referenciar: "O Perfil do Professor no Século XXI" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 23/04/2024 às 15:37. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/o_perfil_do_professor/index.php?pagina=1