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Orientação Educacional e os Perigos da Internet e Meios Eletrônicos na Infância (página 5)
2.1.4 Principais problemas ocasionados por jogos eletrônicos e redes sociais nas crianças
Segundo o Departamento de Ciência da Computação, Instituto de Matemática e Estatística da USP, os efeitos negativos dos meios eletrônicos em crianças são: excesso de peso e obesidade, problemas de saúde, problemas de atenção e hiperatividade, agressividade e comportamento antissocial, depressão e medo, intimidação a colegas (bullying), indução de atitude machista, dessensibilização dos sentimentos, indução de mentalidade de que o mundo é violento e violência não gera castigo, prejuízo para a leitura, diminuição do rendimento escolar, prejuízo para a cognição, confusão de fantasia com realidade, isolamento e outros problemas sociais, aceleração do desenvolvimento, prejuízo para a criatividade, autismo, vício, indução ao consumismo, abstenção e fuga da realidade, inteligibilidade, introspecção grave e compulsiva, desinteresse pelo mundo e pelo próximo, podendo afetar sexualmente (homossexualismo ou machismo), morbidez, tendência às drogas (falta de noção de causa e efeito), anulação do respeito mútuo, compulsão, atrofiamento muscular, descaracterização do outro, anulação da linguística, introspecção e alienação. O artigo na íntegra pode ser acessado em: https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/efeitos-negativos-meios.html
Uma matéria exibida na TV Cultura em 2009 mostra casos de morte em várias partes do mundo devido aos jogos eletrônicos, adolescentes que ficam dias sem comer e sem desconectar do computador. A matéria relata que 10% dos usuários da rede são viciados no Brasil, envolvendo também crianças.
O número é alarmante, se pensarmos que em uma escola estadual de 1000 alunos, ao menos 100 são viciados em internet. O vício em internet não tem classe social, visto que a maioria dos menos favorecidos economicamente possuem celulares conectados. A matéria relata através do Departamento Especializado em Vício em Internet do Hospital das Clínicas em São Paulo, que a maioria das crianças mentem quando perguntadas sobre quanto tempo que ficam na internet e a maioria delas possuem perfis falsos em sites como o Facebook, entre outros. O relatório mostra que todas as pessoas viciadas em internet são mal humoradas, apresentam irritabilidade constante, insatisfação, debilidade em se relacionar e desvios de comportamento. Os dados apresentam que o discurso da positividade da internet é muito relativa.
2.1.5 Isolamento e outros problemas sociais
A televisão isola as pessoas por natureza. Estudo sobre meios eletrônicos da Kaiser Family Foundation mostra que 55% dos pais deixam os filhos pequenos, de seis meses a seis anos de idade, com seus próprios aparelhos de TV, vídeo games, tablets, computadores e celulares, em geral no dormitório das crianças. Isso significa um isolamento entre pais e filhos.
Em uma pesquisa de Zimmerman, Christakis e Meltzoff (2007) feita com 1.008 pais de crianças entre 2 e 24 meses, verificou-se o desenvolvimento da linguagem por meio de vocabulário. Eles constataram que "esta análise revela uma associação altamente negativa entre ver DVDs ou vídeos para bebês e a aquisição de vocabulário em crianças de 8 a 16 meses de idade".
As horrorosas linguagens em jargão usadas por crianças na Internet, onde quase todas as palavras são corruptelas da língua culta, certamente acabam influenciando a maneira de escrever, pois crianças estão desenvolvendo essa habilidade. Isso significa também a incapacidade de raciocinar claramente. O que pode significar um prejuízo para toda a vida.
A AVG Technologies faz uma pesquisa anual com mães de todo o mundo. Os últimos resultados mostram que, na faixa etária entre 3 e 5 anos, 66% das crianças conseguem operar jogos de computador e 47% delas sabem usar um smartphone. Mas somente 14% são capazes de amarrar os cadarços e somente 23% sabem nadar. No Brasil, a pesquisa demonstrou que 97% das crianças entre seis e nove anos usam a internet. Essa idade de seis a nove anos é a idade do início da puberdade e os sites de relacionamento são inúmeros, podendo oferecer inúmeros riscos à integridade dessas crianças, tendo em vista que basta a criança mentir a sua idade e colocar uma foto "fake" podendo marcar até encontros com adultos.
Em artigo publicado pelo site americano Huffington Post, a terapeuta ocupacional pediátrica Cris Rowan (2014) listou 10 razões que justificariam a proibição de aparelhos móveis para crianças de até 12 anos. Entre os motivos, que vão do atraso no desenvolvimento até a doença mental, alertado também pelo Public Health England. Cris Rowan (2014) explica que a tecnologia tem causado mudanças significativas na capacidade das crianças prestarem a atenção. De acordo com a especialista, existem quatro fatores que melhoram o desenvolvimento dos pequenos: movimento, toque, conexão e natureza.
"A tecnologia priva a criança do envolvimento com esses fatores. E, em algumas delas, isso tem retardado o desenvolvimento cerebral e físico." CRIS ROWAN (2014) (terapeuta e pediatra).
Diversos especialistas defendem que o uso dos meios eletrônicos devem ser proibidos para crianças de até 12 anos de idade.
"A dependência da internet manifesta-se como uma inabilidade do indivíduo em controlar o uso e o envolvimento crescente com a internet". CRISTIANO NABUCCO (2010) (Médico do centro especializado em vício em internet do Hospital das Clínicas em São Paulo).
O Doutor Drauzio Varella acrescenta que o número de crianças viciadas em internet no Brasil aumentou de forma drástica e que essas crianças frequentemente perdem horas em sites de jogos, mídias sociais e até pornografia, com compulsividade. "Existem até certos empreendimentos imobiliários que se valem da instalação desses equipamentos no condomínio como propaganda de venda e escolas que se gabam de oferecer um computador por criança". (DRAUZIO VARELLA)
O médico psiquiatra Dr. Pedro Chacon (2019) me disse em entrevista que "o Google é o verdadeiro big brother". Referindo-se que quando se entra na internet, o Google, Facebook e outros sites possuem um programa que registra os sites que o indivíduo entra, registrando seus interesses, gostos, classe social, compras, país, cidade, endereço, capacidade de compra, etc.
Isso faz com que a indústria eletrônica possua inúmeras informações sobre a personalidade, gostos, renda, compras e muitas informações sobre o indivíduo, o que faz com que a indústria eletrônica ofereça cada vez mais elementos para o vício do indivíduo e para o consumismo. Dr. Chacon (2019) enfatiza que o uso do celular por crianças gera enorme alienação, depressão, desinteresse, introspecção e afastamento da realidade. Dr. Chacon foi diretor de cinco hospitais psiquiátricos em São Paulo. O médico alerta que hoje a indústria eletrônica está com um poder econômico monstruoso e que de certa forma domina o mundo comercial.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o uso excessivo do vídeo game como transtorno mental.
Nos EUA, crianças gastam, em média, 44,5 horas por semana em frente a telas. O Ministério da Saúde do Japão estima que 9% dos estudantes do ensino médio estão em estado de dependência da Internet em todo o país e dependentes em estado de doença mental estão no número 800.000 viciados em internet. Na Coréia do Sul, a Agência Nacional da Sociedade da Informação, estima que 160 mil crianças entre 5 e 9 anos de idade sejam dependentes da Internet, com sérios problemas de sociabilidade, depressão e comunicação causados pela dependência em internet. O governo da Coréia do Sul estima que 2,55 milhões de pessoas são dependentes de smartphones, usando os dispositivos por 8 horas diárias ou mais. O Hospital das Clínicas possui uma ala especializada em dependência em internet, o contato é: https://www.dependenciadeinternet.com.br
Os Casos envolvendo depressão, pedofilia, adicção por sexo, idolatria são bem conhecidos. Menos conhecidos são casos de fixação extrema, como o do jovem de 18 anos, relatado pelo jornal O Globo (2013) que ficou mais de 5 anos isolado dentro de casa fixado na internet. http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/05/viciado-em-internet-nao-sai-de-casa-ha-cinco-anos-no-espirito-santo.html
Existem relatos de pessoas que morrem ao jogar por 2 ou 3 dias sem parar: https://youtu.be/dVOZUxowOAE
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/6-pessoas-que-morreram-jogando-video-game/
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Como referenciar: "Orientação Educacional e os Perigos da Internet e Meios Eletrônicos na Infância" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 14/10/2025 às 22:12. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/perigos_internet/?pagina=4