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A Pesquisa - Realidade Social

Autor: Renata Silvia M. da Fonseca
Data: 01/12/2010

Resumo

Este artigo pretende que, seu olhar perante a educação atual possa ser  questionado. Há tempos pensava em escrever sobre a metodologia aplicada atualmente, nas escolas. Mas, somente, quando trabalhei na Educação de Jovens e Adultos, percebi que não conhecia esse modo de atuar na sala de aula: A pesquisa. Ser professora de matemática tradicionalista era mais fácil. Como os alunos enfrentarão um vestibular? Essa era a pergunta, que mais me incomodava. Após um ano atuando na Educação de Jovens e Adultos, observei que a realidade é outra. Tinha certeza que ministrava a melhor aula. Quebrei os paradigmas e fiquei aberta para o novo. E o mais importante, eu gostei e aprovei a metodologia. No ensino fundamental, nós, professores, não pensamos nos alunos trabalhadores, muitos não visam uma universidade. O que eles mais almejam, é conseguir um emprego. Então, vamos oferecer um emprego digno, vamos abrir portas, para esse jovem entrar no mercado de trabalho, qualificado como qualquer outro profissional.

Assim, estaremos conectados com a sociedade atual, com a globalização. Consultando meu passado, percebi que foi lendo e pesquisando que aprendi historia e geografia, a escola pouco ofereceu. Logo, quando queremos saber algo, vamos à luta. O livro é o melhor caminho e porque não se render a informação eletrônica.   Após, vinte anos de carreira  percebi que por mais que tivesse boa intenção para com os alunos, não estava oferecendo um futuro próximo. Resolvi mudar a metodologia aplicada no ensino fundamental, e a certeza é que todos nos ganhamos: eu, meus alunos e principalmente, a educação.  Quero citar um pensamento de Antonieta de Barros: "Toda ação requer instrumento. E o instrumento máximo da vida é a instrução... E só vive, no sentido humano da palavra, o que pensa. Os outros se movem, tão somente" (1933). Os relatos apresentados fizeram parte de anos de observação e transformaram a vida de muitos estudantes, que passaram pelo processo. Assim como eu, que demorei vinte anos, muitos professores podem passar uma vida toda, sem conhecer novos caminhos de ensinar. Como tive está oportunidade, quero dividir essa experiência.

Vejamos se a resposta é fácil...

A metodologia atual é capaz de levar o aluno ao mercado de trabalho com naturalidade e capacidade profissional acima da média? Se ensinar não é transmitir conhecimentos, mas criar possibilidades para a produção de conhecimentos, então: Pesquisar é o caminho?

Se o estudante tem possibilidade de conhecer um assunto de seu interesse e modificar o seu mundo, podemos dizer que está acontecendo ensino - aprendizagem?

Produção textual gera desenvolvimento intelectual? O professor provoca avanços nos alunos, através da mediação? Todas essas perguntas envolvem etapas, simples ou não, que vou tentar respondê-las. Se nas primeiras etapas da educação, os nossos estudantes, fossem orientados para a pesquisa, acredito que seria um momento bem amplo não só de conhecimentos, mas de saber como utilizá-la no seu dia a dia.

Pois, levar o aluno ao mercado de trabalho é o nosso objetivo. A expectativa dos estudantes hoje é: "Eu estudo, logo terei um emprego". Essa é uma utopia da meta educacional no momento.

Paulo Freire dizia: "exercitar a leitura do mundo, através da compreensão crítica da realidade".

Eu defendo que o professor atue sobre o aluno, através do diálogo e da compreensão de como ele aprende.  Provocar o crescimento educacional, como: dar autonomia que é transformar conhecimento empírico em conhecimento permanente, através da leitura, e com certeza o mercado de trabalho estará mais perto. Prepará-lo para enfrentar situações diárias, com críticas de incentivo, visando sempre melhorar suas atuações.

O professor deve ser um mediador, um facilitador, um incentivador. Quando o aluno ainda não sabe como acertar, o professor deve identificar o erro e ajudá-lo a refazer o caminho.  Questionar e argumentar são pontos fundamentais para se estabelecer um compromisso educacional.

Nada mais empolgante, para o estudante do que ser desafiado. Porém, nem todo erro do aluno é construtivo, cabe ao professor inverter esta situação. Nunca diga: está bom (ponto). Eu sugiro: "Está bom, mas você pode melhorar muito mais, vou te mostrar um caminho", e ofereça um livro (este é o ponto).

A UNESCO apresenta quatro etapas para aprender:

- conhecer -  ser -  fazer -  conviver

Conhecer é uma construção histórica e social. Ser é "construir" a pessoa, o seu eu.

Fazer é ir à luta, pesquisar. Conviver é fazer parte do social, não se isolar, não ser inerte, fazer acontecer, se conhecer, participar, mostrar o ser humano que você é.

As quatro se misturam e a escola é uma etapa inseparável da totalidade social. 

Reproduz a sociedade. Com autonomia o educando se liberta para a reconstrução da sociedade, do seu habitat, da sua comunidade e começa a visar outros caminhos e ter consciência do inacabado.

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Como referenciar: "A Pesquisa - Realidade Social" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 19/10/2025 às 05:00. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/pesquisarealidadesocial/