Piaget e o desenvolvimento cognitivo da criança: primeiras aproximações (página 6)

A influência piagetiana, na Educação se deu na elaboração de fases que enfatizam o desenvolvimento cognitivo da criança, no primeiro momento ele estrutura três componentes importantes para que ocorra a cognição: O conteúdo: refere-se ao conhecimento informal, o que a criança já tem internalizado comportamentos observados, a Função: que determina os fatores de assimilação e acomodação. Refere-se ao conhecimento do intelecto. O ultimo fator é a estrutura: que designa a organização ou esquema, que a criança insere para concluir e explicar o conhecimento.

A transição de um estágio para o outro é gradual, contudo as novas realizações são adquiridas, em uma sequencia e em um ritmo padrão amplo. Lembramos ainda que as idades cronológicas, durante as quais espera-se que as crianças desenvolvam comportamentos que representam cada período, não são fixas. Todavia, uma coisa fixa: toda criança deve passar pelos estágios do desenvolvimento cognitivo na mesma ordem (DELGADO, 2005, p. 52).

Essas fases apresentadas, por Piaget, é justifica, pela falta ou má, solução do problema, que se refere a internalização do conhecimento cognitivo. Destacando a conquista ou não do desenvolvimento dessa criança, para alcançar o próximo degrau, ou seja, a próxima fase, sistematizada pelo autor.

Essas estruturas é o conjunto que consiste no desenvolvimento da criança, como destacamos anteriormente, cada degrau de conhecimento que a criança supera um novo lhe é apresentado, e assim se desenvolve o conhecimento cognitivo, este que é divido em períodos, como: Período pré-operatório, período operatório concreto e período formal.

Cada um desses períodos, citados à cima, refere-se a uma determinada fase, e faixa etária da que a criança obtém. Em cada uma das fases a criança terá inferências e conhecimentos, os quais a mesma, necessita internalizar e desenvolver para que se encontre habilitada para o próximo estágio de desenvolvimento, pois o conhecimento nada mais é que o resultado das interações realizadas, ao percurso que se determina.

PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR (nascimento aos 2 anos de idade): esse primeiro estágio de desenvolvimento é marcado por ações motoras, onde a criança após o primeiro mês de vida começa a interagir com o meio, mas nesse período ele não tem conhecimento da relação Sujeito e o objeto, as ações que ele passará a executar é primitiva. Essas ações executadas mesmo o sujeito, ainda não se reconhecendo como sujeito é denominado de "egocentrismo radical", pois mesmo não fazendo inferências do seu próprio eu, os atos primitivos dos mesmos evidenciam um reconhecimento nas ações É quando começa a executar atividades motoras, exemplo: agarrar, sugar, chorar, tocar, etc.

Essas atividades motoras realizadas, mesmo com a ineficiência de coordenação motora e a indiferenciação do sujeito é representada em uma faixa etária aproximada de 18 a 24 meses de vida. Pois nesse período, a criança não noção inserida de memória, representação.

Neste intervalo de um a dois anos realiza-se, de fato, mais ainda apenas no plano dos atos materiais, uma espécie de revolução coperniciana que consiste em descentralizar as ações em relação ao corpo próprio, em considerar este como objeto entre os demais
num espaço que a todos contém e em associar as ações dos objetos sob o efeito das coordenações de um sujeito que começa a se conhecer como fonte ou mesmo senhor de seus movimentos (PIAGET, 1983, p. 8).

Neste processo, essas atividades, vão sendo desenvolvidas a medida que a criança começa a manipular as habilidades, é quando a atividade motora do andar está sendo executada, e sua relação com o meio, torna-se mais próxima, ou seja, suas atividades são desenvolvidas gradualmente.