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Reflexões Sobre a Prática de Educadores na Rede Regular de Ensino Quanto à Inclusão Social

Autor: Tatiane Peres Zawaski
Data: 15/12/2010

RESUMO

A inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais é uma tendência que emergiu na década de 90, além de trazer novas perspectivas para os alunos trouxe também novas exigências para educadores e escola, visto que como sabemos, vivemos em uma sociedade marcada por uma forte exclusão a todo e qualquer tipo de diferença.  Atualmente é comum ouvirmos nas redes escolares o termo "inclusão", mas qual é o seu real significado? Estamos incluindo as crianças ou apenas integrando-as nos bancos escolares. A inclusão está sendo um dos maiores desafios que a educação vem passando nos últimos tempos. Sendo assim, o presente artigo pretende investigar como está sendo realizada a prática dos educadores quanto à inserção de alunos com necessidades educativas especiais na rede regular de ensino. Sabemos ser uma tarefa que além de conhecimentos necessários exige carinho, dedicação, comprometimento e principalmente acreditar no ser humano e suas potencialidades.


INTRODUÇÃO

Iniciamos nossa discussão, partindo do pressuposto que parece vivermos em uma sociedade integradora e não inclusiva. O presente estudo pretende discutir mediante uma perspectiva inclusivista, como é a prática de educadores frente o ingresso de alunos com necessidades educativas especiais na rede regular de ensino. Para isto realizamos uma pesquisa com educadores de escolas públicas e privadas nas séries iniciais do ensino fundamental no município de Canoas/RS.

Presenciamos em nosso cotidiano que a diferença entre as pessoas é um processo não trabalhado. Como podemos pensar em movimentos inclusivos se nossa sociedade silencia, ou melhor, faz com que desapareça o "feio", o "diferente", o que "foge dos padrões ditos normais". É comum ouvirmos discursos do tipo "somos todos iguais", mesmo sabendo que se somos seres dotados de capacidades, tempos, limites, aprendizagens, potencialidades e características únicas, fatores que nos tornam seres "diferentes" uns dos outros.

Este princípio de diferença estende-se da sociedade até os bancos escolares, pois muitas crianças ditas "anormais" chegam a nossas escolas sendo consideradas diferentes por fugirem dos padrões "normais" dos quais estamos acostumados. A prática pedagógica é um assunto que vem sendo discutido há muito tempo e atualmente um dos questionamentos que acerca o quadro educacional é o papel do educador na escola em relação à meta de educação para todos.

Sabemos que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ? LDB/1996 garante o direito educacional a todas as crianças, sendo assim, no decorrer do artigo abordaremos os aspectos legais assim como, discutiremos como está sendo desenvolvida à prática dos educadores nas escolas de ensino regular frente à inclusão de alunos com necessidades educativas especiais, quais suas ações, metas e como o trabalho pedagógico vem sendo realizado.

1 REFLEXÕES INICIAIS: INCLUSÃO OU INTEGRAÇÃO?

1.1 Diferenciando os termos 'Inclusão' e 'Integração'

O termo inclusão e integração atualmente são utilizados com múltiplos significados. Porem é importante assinalar que não estamos nos referindo a termos do modismo ou até mesmo uma tendência educacional, mas sim um ato dotado de muitos significados e quão necessários na sociedade atual.  Estes vocábulos têm semelhantes significados o que de certa forma causam divergências com pais, educadores e alunos.

Inicialmente vamos definir o verbo "integrar", de acordo como dicionário o termo significa formar, coordenar ou combinar, enquanto o verbo "incluir" significa compreender, fazer parte, participar. Como podemos observar há uma grande diferença que de certa forma distancia os termos, mas aqui cabe o questionamento frente o que nossas escolas fazem hoje? Incluem, integram nenhuma das alternativas.

É um fato a se pensar, pois de acordo com Baptista (2009) , nas terminologias fica claro que a integração pode ser considerada uma prática seletiva com vistas que o aluno deficiente deva adaptar-se aos parâmetros da normalidade, enquanto a inclusão deriva da inserção de modo que os alunos tenham a possibilidade de estar nas escolas regulares recebendo um ensino adequado e adaptado a suas reais necessidade. De acordo com Sassaki (2002)  jamais houve ou haverá um termo correto que seja válido em todos os espaços, porém, é importante atentarmos para certas terminologias que evidenciam-se muitas vezes como classificatórias ou excludentes.

1.2 Educação Inclusiva: Analise da trajetória

Quando falamos em educação inclusiva, remete-nos primeiramente ao processo de inclusão social, termo este que surgiu, ou melhor, dizendo, evoluiu com a proposta institucional nos anos noventa, caracterizando-se como um novo princípio educacional.

Mas o que vem ser a "educação inclusiva"? Podemos definir a educação inclusiva como um processo o qual permite a participação na vida, no trabalho e em todas as instâncias sociais as PNEEs . De um modo geral, é importante ressaltar mais uma vez que a educação inclusiva é um dos grandes desafios da educação de hoje porque imputa na escola a responsabilidade de deixar de "excluir" para "incluir" educando a todos de tal forma que estes tenham sucesso independente de sua falta de habilidade ou deficiência, objetivando assim que todos possam ter os mesmos direitos de tomar o seu lugar na sociedade.

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Como referenciar: "Reflexões Sobre a Prática de Educadores na Rede Regular de Ensino Quanto à Inclusão Social" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 19/10/2025 às 05:11. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/rederegulardeensino/