A relação Professor-Aluno no Contexto da Psicologia Educacional.

A psicologia da aprendizagem tem garantido grandes contribuições para a prática docente desde que foi considerada disciplina obrigatória para o curso de Pedagogia. É possível compreender a partir de um ponto de vista que vai além da educação relações e posicionamentos observados em âmbito escolar.

O presente trabalho pretende relacionar as teorias da psicologia da aprendizagem e a relação professor aluno estabelecida. Para tanto foi realizada revisão bibliográfica sobre o tema.

1.0 INTRODUÇÃO

O fato de a sala de aula ser um espaço dinâmico e heterogêneo - do ponto de vista do educador e do educando - aponta a necessidade de adequação de práticas docentes para um relacionamento no mínimo satisfatório para ambas as partes. A base desta relação deve ser o respeito mútuo, mas há uma infinidade de variáveis que interferem neste relacionamento e que devem ser adaptadas conforme as exigências específicas dos indivíduos envolvidos.

As características individuais dos educadores e educandos se evidenciam nas relações estabelecidas em sala de aula. Essas relações devem ser mais intensas do que a relação que se estabelece no momento da seleção de conteúdos, organização, sistematização didática dos conteúdos e exposição em que o professor "demonstra" seus conhecimentos, deve tentar promover uma aprendizagem significativa baseada, essencialmente, na busca pela realização pessoal.

Paulo Freire (1996) definiu algumas características de um bom professor,: "o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas".

Muito se tem falado sobre novas propostas metodológicas no âmbito educacional, mas o relacionamento em sala de aula acaba por se tornar esquecido. Tem se visto recentemente a repercussão de notícias de agressão de educadores por parte de seus alunos o que aponta para a necessidade de se repensar o relacionamento escolar.

Assim como nas demais áreas profissionais, o século XXI trouxe para a educação a exigência de mudanças de postura e renovação de conceitos comportamentais, mas como formar profissionais capazes de se inserir em um mercado de trabalho a cada dia mais competitivo e tecnologicamente evolutivo se os relacionamentos entre docentes e discentes ainda é baseada em modelos primitivos?

As transformações educacionais, necessárias ao tempo atual, têm início na sala de aula e as diferentes relações que serão estabelecidas neste espaço serão uma parte fundamental desta renovação estrutural e comportamental. Bem se sabe que as relações entre professores e alunos do ensino público e privado são diferentes, por se promoverem em espaços e entre pessoas com posturas diferentes. O aluno da instituição privada acaba por considerar a relação com o professor como uma relação meramente empresarial, enquanto o aluno da instituição pública, por não pagar diretamente a escola vê o espaço escolar como um espaço público e dessa maneira um espaço que pode ser degradado e acaba por não respeitar nem o espaço físico nem o corpo docente da escola, há ainda os que não se importam em ser reprovados por não estarem "pagando".

O presente trabalho se propôs avaliar diferentes teorias de aprendizagem e as relações entre professores e alunos que inspiram as práticas sugeridas por cada abordagem.