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Estratégias em Novos Tempos da Educação

Autor: Professor Daltro
Data: 14/12/2011

ESTRATÉGIAS EM NOVOS TEMPOS DA EDUCAÇÃO

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D?Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor. Inclusive na grande maioria das escolas não haverá aula, devido à celebração da respectiva data comemorativa. Acredito que Dom Pedro I, ao abaixar o Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil, em 1827, já deslumbrava a importância desses "personagens" no contexto social do nosso país, já prevendo bons salários, condições de trabalho, etc. Só que Dom Pedro nunca poderia imaginava que tal profissão fosse tão desgastante. Fazendo um joguete com as palavras diria: "Ser ou não ser professor, não é questão, é ter dom".

Os problemas relacionados à educação são complexos e numerosos, o professor está sob constante pressão, o que o leva, muitas vezes, a apresentar uma série de comprometimentos biopsicossociais que resultam em baixo nível de motivação, de auto-estima, e até mesmo a sensação de insegurança.

Hoje ser professor talvez seja ser muito mais uma questão idealista do que apenas carreira profissional, no atual contexto, o educador deve aprender a lidar com o stress ocupacional de modo eficaz e ainda reverte esse problema ao seu favor. A Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como diversos trabalhos científicos na literatura mundial mostram que ser professor é uma das profissões mais estressantes na atualidade, isso por que para ser professor hoje em dia, esses indivíduos devem assumir outros papeis além do que foi formado, tais como: assistente social, policial, educador, psicólogo, mágico, pai, mãe ...

O excesso e rotina de trabalho, os conflitos interpessoais, problemas financeiros, doenças, problemas na família, pessoas sempre reclamando, a violência, as pequenas tensões diárias, aborrecimentos, líderes maus preparados, políticas públicas corruptas e/ou incompetentes são alguns dos problemas que nossos educadores vivem no seu dia-a-dia. Para piorar, a sensação que se tem é que muitos pais terceirizamos a educação dos nossos filhos à escola, agregando ainda mais uma tarefa que não era do professor, que por sua vez, assumiu com muita competência e dedicação.

No início, a 17 anos atraz, tínhamos uma abordagem totalmente diferente em nossa palestras e consultorias as quais não repercutia efeitos e mudanças nas atitudes dos "educadores problemas", confesso que não sabia como focar o estresse ao favor do professor, objetivo essencial de minha missão como ex-professor desmotivado com o sistema público educacional brasileiro que é falido. Quando 1999 iniciamos nossas pesquisas dentro das escolas sempre focando o estresse do educador, descobrimos maneiras mais efetivas de chegar aos corações desse profissionais tão esquecidos pelos seus gestores. Ao longo de mais de sete anos foram documentados mais de 60.000 vivências de professores em nossa proposta denominado de SPA (Sistema Prático de Auto-Gestão). Tais estudos vivenciais sempre direcionados ao sistema público de vários municípios brasileiros na sua maioria no estado do Rio Grande do Sul, visitando "in loco", em torno de 377 secretarias municipais de educação, agregado e fundamentando a uma farta coletânea de literaturas de trabalhos científicos, identificamos os altos índices de estresse dos nossos docentes, que por sua vez não estão só estressados devido ao trabalho em si, mas estressados sim com a sobre carga que o contexto social os lhe impões. Atualmente atendemos os estados de São Paulo, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Maceió, Belém, Rio de Janeiro e Santa Cataria. Como colocar o estresse ao favor do professor? Primeiramente os professores não sabem o que é estresse educacional, o que sabem sim são as consequências desse problema. É importante conhecer com eu, profissional da educação, chego ao estresse e de que forma posso reverter algo que me faz mal ao meu favor. Para tal necessitas de mudanças de hábitos e atitudes, mas muitos educadores estão fechados a isso, são resistentes as essas mudanças, e o que aprendemos nesses anos que os formatos tradicionais de lecionar, educar e de proferir palestras, por exemplo, são pouco eficazes para provocar tais alterações nas atitudes estressantes. Precisamos compreender que o mundo mudou e o ensino (sua forma) também.

O grande diferencial da nossa proposta de trabalho é a estrutura e o formato de apresentação desse tema que denominamos de aula-palestra-show, ou seja, em nossas atividades, a apresentação é composta de teatro, Standy Up Comedy, muito humor (humor não é contar piadas), participação do público, atividades motivacionais, de integração e práticas, música, interatividade conforme a realidade local e fundamentação científica com bases de pesquisas, deixando de ordem prática soluções de fácil aplicabilidade no cotidiano dos professores.

Professor é uma profissão louvável, que merece respeito e consideração pela nobre missão. Infelizmente, ocorreu uma deterioração das condições da formação e da prática profissional do professorado no Brasil, hoje tão desvalorizado no próprio universo acadêmico, na mídia e na sociedade em geral, com tudo isso, descobri o que motiva e ameniza os altos níveis de estresse do professor é o RECONHECIMENTO, pratique e ensine seus filhos a fazerem o mesmo.


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Como referenciar: "Estratégias em Novos Tempos da Educação" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 25/04/2024 às 06:12. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/textos/index.php?id=31