A importância da leitura para a atualidade

Na atualidade percebemos que o trabalho com a leitura tem se tornado uma preocupação para os professores. Esta tensão entre as práticas de leitura e o ambiente escolar se dá por diversos fatores que transpõem os limites deste estudo.

Muitas crianças têm a escola como único espaço que lhes possibilita contato com publicações de toda ordem, incluindo os livros. Na maioria das vezes é através da instituição escolar que as crianças das camadas populares estabelecem os primeiros contatos com a leitura.

Se o assunto é leitura, há uma constante indagação que permeia a prática educativa: Como formar alunos leitores? Quais tipos de material utilizar para o exercício da leitura? Qual a melhor forma de conduzir essa prática? Estes são alguns dos questionamentos que envolvem a prática do professor.

É importante fazer da escola uma comunidade de leitores que recorrem aos textos para buscarem suas respostas. Formar alunos leitores capazes, não só de decifrar o código da língua escrita, mas que tenham capacidade de interpretar o que leem, de dialogar com o texto - sendo um leitor competente.

A criança que não tem acesso a prática social de leitura em casa fica em desvantagem diante daquela que vive em ambiente letrado, mas todas têm capacidades cognitivas de aprender e de se tornarem leitoras e escritoras.

Muitas vezes, como explicação científica para a causa do fracasso, os professores jogam a culpa na criança pelo seu baixo desempenho, atribuindo-lhe uma suposta deficiência linguística pela sua vida adversa.

Os professores têm que estar qualificados para lidar com esse processo, para enfrentar as diferentes situações que a prática apresenta. A interação da criança com a escrita apenas na escola não é suficiente para o processo de aprendizagem.

Conforme o texto: Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário:

"Contribuir para instalar na escola a prática de leitura escrita como objeto de ensino, por que é tão difícil produzir transformações profundas na instituição escolar - essas transformações são imprescindíveis para que todos os alunos cheguem a ser leitores e escritores -, elaborar ferramentas que permitam superar essas dificuldades..." são preocupações sempre presentes, são propósitos que orientam todas as análises realizadas.

Essas transformações são essenciais, mas os professores precisam ser qualificados e as escolas devem estar adequadas para isso se tornar realidade.

Na sociedade em que a vida dos indivíduos é conduzida pela lógica do trabalho, a escola acaba assumindo uma importância significativa na socialização das crianças, na medida em que compartilha com a família a socialização e a inserção deste sujeito no mundo cultural. Porém, a forma como essa a socialização vem sendo conduzida no interior da escola pública precisa ser discutida e revisada pelos profissionais.

No mundo inteiro as sociedades tornam-se cada vez mais centradas na escrita. A cada momento, multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita, não só na chamada cultura do papel, mas também na nova cultura da tela, com os meios eletrônicos, que ao contrário do que se costuma pensar, utilizam-se fundamentalmente da escrita.

Nas sociedades letradas, ser alfabetizado é insuficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder às demandas de hoje. Essas demandas indicam que os alunos ainda estão desenvolvendo suas práticas de leitura e escrita de modo muito vagaroso e cabe à escola buscar caminhos para que possam experimentar práticas capazes de torná-los leitores e escritores competentes.

Delia Lerner sustenta que "é preciso distinguir e diferenciar sem parcializar as práticas. O tempo didático deve ser distribuído entre atividades coletivas, grupais e individuais, que, por sua vez, podem pertencer a projetos, sequência de atividades ou atividades habituais. Pois, aproveitar ao máximo o tempo didático e aprender a controlá-lo e potencializá-lo é, sem dúvida, uma variável da maior importância na reflexão didática."

A aquisição da leitura e da escrita são atos que exigem processos organizados metodologicamente. Pode-se dizer que também dependem de estímulos de motivação e que o hábito de ler e de escrever pode ser adquirido em qualquer época da vida do estudante. Quando há interesse do professor em ensinar, vontade do aluno em aprender, caminhando junto com a motivação, limites é o que não faltam para ele ir além.

É importante que não se confunda ensinamentos com aprendizagem e aceitar (mediante evidências) que o sujeito da aprendizagem assimila, cria, constrói e que suas assimilações, suas criações intelectuais, suas construções cognitivas têm um extraordinário potencial pedagógico.

No cotidiano da minha escola parceira, observo que há muitos livros de histórias infantis que estão à disposição de todas as professoras. Elas contam as historinhas e depois costumam fazer trabalhos e perguntas relacionadas. Vejo que as crianças adoram a hora do conto e algumas não têm livros em casa por serem pobres. Por isso, acredito que não têm o habito da leitura na suas casas.

A leitura é essencial na vida de todos nós, é uma ferramenta insubstituível que permite aos sujeitos leitores acederem um conjunto de experiências e conhecimentos. Por isso, vamos ler bem para aprender melhor!