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Alfabetização no Ensino Fundamental de 09 Anos (página 6)

Através das figuras pode-se entender como acontece essa compreensão, pois na escrita em letra cursiva registrado pelas acadêmicas é exposto como os alunos fizeram a leitura de suas produções, ou seja, sem pauta sonora; leitura global.

Comparando o registro gráfico e oral pedido no momento da aplicação atribuíam a escrita de uma palavra diferente das outras, conservam a quantidade mínima de três caracteres. Tentavam associar o som de alguma letra que conheciam, entretanto a leitura feita era global assim não formulavam ainda a hipótese silábica.

Percebeu-se que a maioria dos alunos nesse nível conseguiam empregar a letra inicial correta pela função do som conhecido exposto nos cartazes da sala, como: ciferaon = casa, ptsa = pirulito, casa = cavalo. Isso vale, pois as fases passam por transições, revelando que o processo de construção da linguagem escrita não é rígido e nem linear. Como trajetória de uma construção requer reflexões e tentativas as quais dão valor ao sentido das hipóteses infantis.

No percurso do nível 03 - hipótese silábica a criança concebe a passagem do sistema pictórico para o sistema fonográfico da representação escrita. Surgem as primeiras tentativas de estabelecer relações entre o contexto sonoro e linguagem escrita.
Ferreiro e Teberosky (1999, p.209) descrevem que este nível está caracterizado pela tentativa de "dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita". Nesta tentativa, a criança passa por um período da maior importância evolutiva, pois cada letra vale por uma sílaba, daí o nome de hipótese silábica. 

Sete alunos apresentaram essa hipótese ao iniciar a tentativa de atribuir o valor sonoro aos grafemas que empregaram. Observe na figura o exemplo da escrita de um dos alunos do primeiro ano.

Nível 03 - Hipótese Silábica

Aluno D

 

Nas escritas dos alunos que elaboravam essa hipótese como a do Aluno D destacou-se a compreensão do nome das figuras (palavras) ao fazer a leitura em partes, portanto registrou a pauta sonora (sílabas ou letras) na escrita. Pois, na escrita de cima apresenta-se a pauta sonora feita pelos alunos e a de baixo o registro gráfico. Mesmo que a correspondência não esteja correta em relação ao emprego da letra de acordo com o som (PCOD, onde P = PA, CO=LHA, D=ÇO; TOU=TRATOR; PTAIR, onde P=PI, TA=RU, I=LI, R=TO ) o que vale é a intenção destacada no ato da leitura das palavras. É feita em partes porque é formada por pedaços sejam as letras ou sílabas.

De acordo com os objetivos das alfabetizadoras em virtude do emprego do método fônico até o termino do 1º ano as crianças estejam vencidas todas as fases evolutivas das hipóteses que constituem a construção do sistema alfabético. Entretanto como afirma Ferreiro e Teberosky (1999, p.219) "Isto não quer dizer que todas as dificuldades tenham sido superadas: a partir desse momento, a criança se defrontará com as dificuldades próprias da ortografia, mas não terá problemas de escrita, no sentido estrito". É o passo para ampliação e aperfeiçoamento do sistema alfabético para atuação significativa no universo letrado.

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Como referenciar: "Alfabetização no Ensino Fundamental de 09 Anos" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 28/04/2024 às 07:57. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/alfabetizacaoensinofundamental/index.php?pagina=5