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A relação Professor-Aluno no Contexto da Psicologia Educacional. (página 4)

5.0 A RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO DE ACORDO COM A ABORDAGEM HUMANISTA

Carl Rogers, psicólogo norte-americano, é um dos principais teóricos da abordagem humanista que enfatiza a participação do sujeito no processo de ensino-aprendizagem. Foi fundador da terapia centrada no cliente.

Para Rogers, o homem é um ser que está em constante desenvolvimento e a relação com seus grupos sociais aumenta as possibilidades de crescimento e descoberta de si mesmo.

A educação sob uma perspectiva humanista pode apresentar duas definições antagônicas: a educação democrática, defendida pelos humanistas, e a educação autoritária. A educação democrática prevê o estudante como responsável por sua aprendizagem e o vê como capaz de promovê-la, na educação democrática o professor deve prezar pela autonomia do educando.
Na educação autoritária o aluno sabe sempre menos que o educador que é o centro da ação educativa. O educando será um reprodutor passivo do conhecimento transmitido a ele.

O professor humanista deve ter uma relação de afetuosidade com seu aluno para que haja sucesso no processo de ensino-aprendizagem, a interação entre ambos requer, segundo Rogers em seu livro Liberdade para aprender, que o educador se imponha três condições básicas que ficaram conhecidas como a tríade rogeriana: "ter empatia, aceitar incondicionalmente o aluno e ser autêntico".

Os objetos de conhecimento fundamentais do aluno estarão sempre na convivência social e nas suas percepções da realidade. Cabe ao aluno o papel central de produção de saberes necessários ao seu desenvolvimento e para isso ele conta com a curiosidade inerente ao indivíduo.


Para Rogers o papel do educador é buscar a motivação intrínseca do aluno: assim como a relação professor-aluno é um fator que pode levar o aluno a uma aprendizagem satisfatória, um ambiente em que as relações afetivas não são devidamente exploradas haverá, consequentemente, dificuldade de promoção da aprendizagem, pois a teoria humanista enfatiza as relações sociais para o desenvolvimento do indivíduo. Quando um aluno está sob pressão a sua capacidade de criação fica reduzida, enquanto que um aluno em um ambiente em que ele se sinta seguro e livre de críticas desnecessárias, o seu desempenho escolar é visivelmente mais produtivo.
 


6.0 CONCLUSÃO

As funções do educador, seus métodos, práticas educativas e curriculares variam de acordo com as abordagens de ensino adotadas, a relação entre educador e educando que acompanha essas variações.

Segundo as teorias mais tradicionais a relação em sala de aula é sempre unilateral, centrada no professor e o aluno será um sujeito paciente sem capacidade de criação.

Nas teorias interacionistas ou cognitivistas o professor será um mediador entre o principal sujeito da ação educativa, o aluno e seu objeto de aprendizagem, de acordo com essas teorias o aluno chega na escola com uma bagagem de saberes adquiridos desde o seu nascimento em suas relações sociais em seu meio de convivência.

A relação professor-aluno é um fator decisivo no desenvolvimento de um indivíduo e uma possível mudança de postura do educador em relação ao aluno pode provocar resultados positivos ou negativos no processo de ensino-aprendizagem.

A atuação dos professores pode sugerir mais de uma teoria, mas o seu papel será fundamental em todas elas, não há educação sem o educador, que pode adquirir variadas denominações: mediador, facilitador, criador, provedor do saber ou mesmo, detentor do saber.











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Como referenciar: "A relação Professor-Aluno no Contexto da Psicologia Educacional." em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 20/05/2024 às 08:23. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/relacao_professor_aluno/index.php?pagina=3