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Anafalbetismo Feminino no Brasil e no DF - Um Estudo Exploratório da Realidade de uma Senhora de 89 Anos

Autor: Ana Paula T. Lima dos Santos e José Francisco Sousa
Data: 09/09/2010

RESUMO:

Este trabalho teve como objetivo compreender a relação da teoria passada no meio acadêmico com a prática, confirmando ou corrigindo erros que foram cometidos durantes anos ao se pensar que todos têm uma mesma forma de aprender. Onde cada dificuldade apresentada na educação e uma forma buscar a solução com certeza não teremos apenas uma boa educação tanto no âmbito qualitativo como quantitativo e principalmente os profissionais da educação com qualidade e que estão sempre dispostos a aprender. 

 1 - Introdução:

Esta pesquisa teve inicio a partir do desejo de analisar como se dá a construção do processo de ensino-aprendizagem de uma senhora que está sendo alfabetizada em sua própria residência sendo realizada através de um estudo de caso. Também registrados o seu desenvolvimento de aprendizagem, observamos quais as dificuldades na aquisição da leitura e escrita e refletir sobre a prática de alfabetização de uma senhora de 89 anos.  

A pesquisa foi realizada através da observação do ensino-aprendizagem desta senhora em processo de alfabetização realizado no seu próprio lar que se localiza na Candangolândia, onde mora com sua filha e neto, mas que estava em Brasília há apenas 3 anos, contudo sua filha a trouxe para que ela morasse aqui no Distrito Federal (DF) porque ela estava doente e um pouco sozinha e as filhas todas moram no DF.

A senhora X não queria freqüentar uma escola ou classe de alfabetização por vergonha, daí alfabetizadora se propôs a tentar alfabetizá-la em sua própria residência afirmando que não tinha experiência, mas que iria realizar este desafio com a ajuda da alfabetizada que tinha o sonho (desejo) de poder ler a Bíblia já que era evangélica.

Então a alfabetização às vezes torna-se algo que está ainda um pouco distante para muitos que não podem e/ou não têm condições de freqüentarem uma escola, ou até mesmo ter acesso a um ensino de qualidade e significado para essa pessoa, porque por mais que hoje em dia tenham oportunidades de aprenderem a ler e escrever muitas vezes a maior barreira é o próprio aluno que traz traumas durante o período em que teve algum contato ou pelo alfabetizador que não teve a paciência causando um bloqueio na aprendizagem que por conseqüência tornou-se o medo de freqüentar uma classe ou escola de alfabetização e acabar sendo ridicularizada pelos outros principalmente por causa de sua idade.

2 - A alfabetização no Brasil - um longo processo que dura séculos
 
No Brasil o problema da educação tem sido levado sem nenhuma importância em relação ao analfabetismo de adultos apesar das transformações ainda é muito alto o índice de analfabetismo brasileiro e se verificarmos em números absolutos os dados serão alarmantes, pois é como se só crescessem e não fosse feito nada para diminuir ou sanar o que nos mostra que só houve um decréscimo em percentual porque na verdade a população não parou de crescer. Estes dados foram coletados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2009) em relação ao mapa de analfabetismo no Brasil onde demonstra que apesar dos números percentuais terem decaído não houve nenhuma solução e muitas vezes o governo se interessa apenas pelos dados numéricos que não são reais em quantidade que torna - se exorbitante. 

A realidade brasileira tem demonstrado que a população anual feminina é das atingidas em termos de escolarização. Os dados do IBGE (2005) mostraram que 75% da população feminina encontra-se em estado de alta exploração social, e logo com alto índice de analfabetismo. Por que desde os tempos primitivos a função da mulher era de cuidar das tarefas domesticas e filhos e a função do homem era de sustentar da família.
De acordo com Gouveia (1970), Demo (2005), Ribeiro (2000) e Aranha (2006) a educação feminina por meados do final do século XIX as mulheres que optaram pelo magistério ainda estavam focadas na família deixando sua condição de cidadão para cuidar do lar, pois o magistério era algo exclusivamente do público masculino, porque o homem é quem exercia a função de professor e através da inserção da mulher no mercado de trabalho as mulheres acabaram conquistando espaços que antes era exclusivamente masculino.

Rocha e Ponczek (2008) referindo-se a uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em 2009, afirma que em relação ao acréscimo do salário existe um percentual 9,3% em relação aos que continuam analfabetos, já entre homens e mulheres há uma diferença significativa e quando a idade aumenta a diferença aumenta ainda mais já que as mulheres podem ter um aumento de até 25% no seu salário e os homens chegam a apenas 15%. Entretanto o maior número de analfabetos está entre as mulheres e Minardi (2008) confirma que a mulher teve um papel muito importante na luta social contra a desigualdade, pois mesmo que estas lutas foram lideradas por homens a participação das mulheres foi fundamental porque onde havia uma mulher seja na classe operária, seja na classe dominante elas tentavam contribuir de alguma forma.

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Como referenciar: "Anafalbetismo Feminino no Brasil e no DF - Um Estudo Exploratório da Realidade de uma Senhora de 89 Anos" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 21/10/2025 às 16:58. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/anafalbetismofeminino/?pagina=0