A Intervenção da Terapia Ocupacional na Reeducação Pscicomotora de Crianças de 7 a 9 Anos, Através de Brincadeiras Cantadas (página 2)
A psicomotricidade se sustenta em diagnósticos do perfil psicomotriz e na prescrição de exercícios para sanar possíveis descompassos do desenvolvimento motriz. A estratégia pedagógica baseia-se na repetição de exercícios, que são estereótipos criados e classificados constituindo as famílias de exercícios; de equilíbrios estáticos e dinâmicos de coordenação motora ocular, global e fina, de flexibilidade, agilidade e destreza. Dentro desse eixo da psicomotricidade, Langlade (1974 apud NEGRINE, 2002) afirma que a educação psicomotriz é uma ação psicológica e pedagógica que utiliza os meios da reeducação psicomotora com a finalidade de normalizar ou melhorar o comportamento da criança.
Vayer e Picq (apud BUENO, 1998) explicam que, após a análise dos problemas encontrados, a psicomotricidade tem a finalidade de educar sistematicamente as diferentes condutas motoras, permitindo uma maior integração escolar e social. Os estudos e o desenvolvimento das sessões de psicomotricidade eram destinados a crianças que apresentavam problemas de aprendizagem, mais especificamente na leitura, na escrita e no cálculo matemático. Esse método se sustenta no discurso de que o desenvolvimento de certas habilidades motrizes permite a melhora do desempenho nas aprendizagens cognitivas. A relação que o psicomotricista tem com a criança é uma relação de comando "(...) é uma intervenção no corpo de forma mecânica" (NEGRINE, 1995, p. 56).
A atribuição da reeducação psicomotora está contida em várias áreas profissionais: pedagogia, educação física, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia educacional, psicologia, arte-educadores, educadores, médicos da especialidade motora ou psíquica, dentre outros. Mas o importante para uma boa reeducação é a tranquilidade e o intercâmbio afetivo e presente do reeducador com o educando, condição básica para uma adequada reeducação.
Segundo De Fontaine (1980), a reeducação embasa sua eficácia no fato de que se remonta as origens aos mecanismos de base que estão na origem da vida mental, controle gestual e do pensamento, controlando as reações tônico-emocionais, equilíbrio, fixação, atenção, justa preensão do tempo e espaço. O essencial na reeducação psicomotora é a qualidade do relacionamento corporal e da comunicação afetiva, de acordo com o ritmo do paciente e não do terapeuta; a tentativa de acelerar o ritmo de evolução pelo terapeuta bloquearia o processo. A reeducação psicomotora tem por objetivo estimular a criança a ter vontade de viver de agitar-se de entrar em contato com as pessoas e coisas. Essa reeducação é dirigida às crianças que sofrem perturbações instrumentais como: dificuldades ou atrasos psicomotores e dificuldades de aprendizagem escolares. O trabalho psicomotor beneficia a criança, no controle de sua motricidade. Utilizando maneira privilegiada a base rítmica associada a um trabalho, a uma técnica de controle tônico e de relaxação cautelosamente conduzido por profissionais especializados.
Lima, Dourado e Rocha (2004) acreditam que a reeducação psicomotora surgiu, como um meio de combater a inadaptação psicomotora, pois apresenta uma finalidade reorganizadora nos processos de aprendizagem de gestos motores. É um alicerce sensório-perceptivo-motor indispensável na contribuição do processo de educação e reeducação psicomotora, pois atua diretamente na organização das sensações das percepções e nas cognições, visando a sua utilização em respostas adaptativas previamente planificadas e programadas. Atualmente coexistem na área da Psicomotricidade diversas vertentes. Historicamente, a psicomotricidade tratou o ser humano de forma fragmentada, baseada nos princípios fundamentais do dualismo cartesiano, que consistem em separar o corpo e a alma. Descartes (1979 apud LEVIN, 1995) diz que o corpo é apenas uma coisa externa que não pensa, e que a alma, não participa de nada daquilo que pertence ao corpo. Posteriormente passou-se a considerá-lo em sua totalidade, isto é, o corpo começa a ser visto como uma unidade que expressa sentimentos e emoções que movem suas ações (FALKENBACH, 2002).
Os antecessores do campo psicomotor são a ginástica terapêutica e a psicodinamia. A ginástica terapêutica divulgada por Shreber (1980 apud LEVIN, 1995) descreve sistemas de exercícios e técnicas de ginástica com o objetivo de obter e atingir a harmonia do espírito e do corpo. Para esta finalidade, define o período de dois a sete anos na faixa etária das crianças como a época dos castigos corporais com ação terapêutica. Esse método teve como objetivo curar doentes e cultivar o corpo humano, modificando o homem e a sociedade.
Negrine (2002) explica que o termo psicomotricidade originou-se na França, no final do século XIX e no início do século XX. Inicialmente esteve vinculado a estudos de neuropsiquiatria infantil apresentados por Dupré. Os estudos deste neuropsiquiatra abordam a síndrome da debilidade motriz e a síndrome da debilidade mental. Expondo pela primeira vez o que se costumou denominar de psicomotricidade da criança, verifica-se que, nesta fase, a psicomotricidade está inserida no eixo biomédico. A prática da psicomotricidade ainda seguia o modelo racionalista e dualista, com ênfase nos aspectos motores do movimento humano. Levin coloca que a prática psicomotora tem seu início com Edouard Guilmain em 1935. Esse médico inicia um novo método o qual é chamado de Reeducação Psicomotora, consistindo na aplicação de baterias de testes psicomotores para a avaliação do perfil da criança. Estabelece-se, então, um exame psicomotor padrão e um programa de sessões de acordo com as características dos distúrbios motores que o indivíduo apresenta, orientando as modalidades de intervenção do terapeuta.
Os psicomotricistas, agora preocupados com a vida emotiva de seus pacientes, começam a citar vários autores da psicanálise, como S.Freud, M. Klein, D. Winnicott, W. Reich, P. Schilder, J. Lacan, M. Manoni, F. Dolto e Samí Alí. Com isso, surgem novas perspectivas clínicas - teóricas no campo psicomotor (LEVIN, 1995).
Negrine (2002) acredita que a vertente denominada Reeducação Psicomotora destina-se a crianças que apresentem déficit em seu funcionamento motor. Essa abordagem tem por finalidade ensinar a criança a reaprender como se executam ou se desenvolvem determinadas funções. Para isso, avalia-se o perfil psicomotor da criança, utilizando métodos que consistem na aplicação de baterias de testes psicomotores. Após o diagnóstico, a criança é submetida a um programa de sessões que tem como objetivo suprir as dificuldades aparentes. O início da reeducação psicomotora esteve centrado em uma prática que só se preocupava com o desempenho da criança frente aos seus métodos. Tratava-se de uma prática diretiva, mecanicista e dualista, não levando em consideração que o sujeito de sua prática, a criança, é um ser que expressa sentimentos e emoções em suas ações. Assim, a reeducação psicomotora é destinada a crianças com idade até dez anos. Após essa idade, a prática psicomotora passa a uma prática corporal, e que a sessão psicomotora é composta por três espaços: o espaço sensório-motor, o espaço da emocionalidade e o espaço do distanciamento. (OLIVEIRA, 1997).
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