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O Valor Simbólico da Recreação para Crianças Surdas no Ensino Fundamental Regular (página 3)

Para que a inclusão seja uma realidade na vida de todos esses alunos é necessário que a escola esteja preparada para recebê-los e principalmente aceitá-los com suas diferenças. Diante disso, respeitar esses alunos com necessidades especiais é fundamental para sua formação, cabendo a escola e a sociedade proporcionarem sua integração para que possam viver sem medo de serem excluídos. No próximo tópico será abordado como os surdos utilizam a LIBRAS para se comunicar com os colegas ouvintes.

3-   ADAPTAÇÃO E A SOCIALIZAÇÃO DAS CRIANÇAS SURDAS E OUVINTES DURANTE O RECREIO NAS ESCOLAS CLASSE E PARQUE DO DISTRITO FEDERAL.

 De acordo com o Ministério da Educação em 24 de abril de 2002, a Lei Nº 10.436 referente a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) foi sancionada pelo presidente da época, Fernando Henrique Cardoso, que reconheceu a LIBRAS como meio legal de comunicação e expressão. Este acontecimento foi muito importante para a comunidade surda que batalhou por esta conquista, sendo importante também para os ouvintes, pois terão um maior contato com os deficientes auditivos.

Segundo o site  www.planalto.gov.br normalmente os surdos se comunicam por meio de sinais, uma língua visual espacial com toda uma estrutura gramatical e regras diferenciadas da Língua Portuguesa. Essa comunicação em sinais acontece com a utilização das mãos, das expressões faciais que ajudam na interpretação do significado para os colegas ouvintes, bem como os movimentos do corpo. Utilizam também o alfabeto manual que serve para expressar nomes de pessoas, lugares e outras palavras que não possuem sinais.

Durante muito tempo os surdos foram vistos como pessoas incapazes de aprender, por isso não iam à escola e ainda eram proibidos de utilizarem os sinais para se comunicarem, porém atualmente as instituições de ensino já permitem que essas crianças com surdez utilizem a LIBRAS e também façam a leitura labial para uma possível comunicação com os ouvintes.

Essa comunicação aparece em todos os espaços da escola e não seria diferente na hora do recreio, pois durante as brincadeiras livres as crianças se tornam totalmente espontâneas, brincando sem obrigação e sem serem forçadas a utilizarem os sinais ou a oralidade para interagir com seus amigos sendo, portanto, uma relação em que os próprios envolvidos no brincar estabelecem para se comunicarem.

Ampliando essa visão Kishimoto (2003), Silva (2002) e Winnicott ( 1973) apontam que o brincar da criança é importante para o seu desenvolvimento, mas que durante a brincadeira ela não tem preocupação na aquisição de conhecimento ou desenvolvimento de qualquer habilidade mental ou física dessa forma, brincando livremente ela se satisfaz e demonstra por meio de um sorriso.

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Como referenciar: "O Valor Simbólico da Recreação para Crianças Surdas no Ensino Fundamental Regular " em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 11/05/2024 às 11:39. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/crincassurdasnoensinofundamental/index.php?pagina=2