Você está em Artigos

A Aprendizagem Escolar Diante do Déficit de Atenção (página 5)


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade tende a comprometer a vida da criança em fase escolar e de adolescentes, como também de familiares que que estão envolvidos diretamente, devido à condição de controle das dificuldades de impulsos, concentração, memória, organização, planejamento e autonomia em todo o contexto pedagógico e social do indivíduo. O TDAH abrange uma vasta associação de sintomas, entre eles comportamentais, intelectuais, sociais e emocionais, somente pode ser diagnosticado clinicamente.

Este processo é abrangente, com a participação de vários profissionais da área da saúde, escola e família. É sabido que o diagnóstico precoce e o tratamento são imprescindíveis na prevenção de distúrbios associados, podendo evitar prejuízos no desenvolvimento social e intelectual do indivíduo.

O TDAH, considerado uma síndrome heterogênea, abrange vários fatores genéticos, biológicos, psicossociais e ambientais. É preciso uma contextualização dos sintomas para o diagnóstico, seguido de tratamento com intervenções psicopedagógicas, de acordo com o grau do problema.

Sendo de origem genética, onde o sistema biológico sofre mudanças neuroanatômica ou maturacional, esta síndrome provoca a desregulação do sistema neurobiológico do indivíduo, o que afeta a capacidade da criança na concentração. Sinais neuroquímicos são alterados em pessoas com TDAH, afirmando-se que possa haver desregulação do eixo catecolamina-serotonina.

Há casos em que o indivíduo trata-se apenas com terapia comportamental, porém em sintomas mais graves é necessário uma ação multidisciplinar, envolvendo além dos pais, professores, médicos e a administração de fármacos. Tais fármacos promovem uma melhora no funcionamento dos neurotransmissores nas regiões frontais do cérebro, o que possibilita um controle maior desses sistemas, objetivando  corrigir questões como a atenção e desacelerar os impulsos. Normalmente são utilizados como terapias medicamentosas estimulantes, como a ritalina e dexedrina, agem no sistema da catecolamina e da serotonina. As drogas aumentam os neurotransmissores cerebrais.

Para o desenvolvimento da aprendizagem, as intervenções pedagógicas são consideradas fundamentais. O tratamento do TDAH deve envolver atividades didático-pedagógicas planejadas específicas no atendimento destes alunos, sempre promovendo a autoestima e buscando o equilíbrio das crianças e adolescentes na fase escolar.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília: Senado Federal, 1996. P

Garcia, F. L. (1988). Introdução crítica ao conhecimento. Campinas, SP: Papirus.l

GOMES, N. L. Diversidade e Currículo. In. BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. A. (org). Indagações sobre currículo. Brasília: Ministério da Educação, 2007.

Graeff, R. L., & Vaz, C. E. (2006). Personalidade de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) por meio do Rorschach. Psicologia: Teroria e Pesquisa, 22(3), 269-276. Disponível em:  http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102--37722006000300003&script=sci_abstract&tlng=pt Visualizado em 12 jun. 2016.

Hallowell, E. M., & Ratey, J. J. (1999). Tendência à distração: Identificação e gerência do distúrbio do déficit de atenção da infância à vida adulta. Rio de Janeiro: Rocco.

MITTLER, P. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MOREIRA, MARCO ANTONIO, Aprendizagem Significativa Crítica, Instituto de Física da UFRGS, Porto Alegre, 2009.

Pain, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Editora Artes Medicas Sul LTDA,1992.

Rinaldi, Reali e Costa (2001 apud DENARI, 2007). A escola perante as diferenças: um olhar sobre  a formação do professor. Perspectivas Multidisciplinares em  Educação Especial II, Londrina: Ed. UEL,2007.

RODRIGUES, D. (org.). A educação e a diferença. Porto: Porto Editora, 2001.
ROHDE, Luíz Augusto P E Bencizik, Edyleine B.P Transtorno de déficit de Atenção/ Hiperatividade. O que é? Como ajudar?. Porto Alegre: Artmed,1999.

ROLDÃO, M. C. Diferenciação Curricular. In: RODRIGUES, D. (org). Perspectivas sobre a Inclusão: da diversidade à sociedade. Porto: Editora Porto, 2003.
RUBINSTEIN, E. (1999). PSICOPEDAGOGIA: UMA PRÁTICA, DIFERENTES ESTILOS. São Paulo: Casa DO Psicólogo. Disponivel em: HTTP://BOOKS.GOOGLE.COM.BR/BOOKS?HL=PTR&LR=&ID=4MQVQ4F3K2IC&OI=FND&PG=PA9&DQ=PSICOPEDAGOGIA+RUBINSTEIN&OTS=2PIINMQZ_Y&SIG=QJLP_4ERSSAPE2VR6G_Z6TVUHLW#V=ONEPAGE&Q=&F=TRUE Visualizado em 12 jun. 2016.

TEIXEIRA, Gustavo. Desatentos e Hiperativos: manual para alunos, pais e professores. Rio de Janeiro: BestSeller, 2011.

 VIARO, C. D. F. (2008). A criança com transtorno de atenção e hiperatividade: O papel da escola e do educador, sua influência e motivação no ensino-aprendizagem. Monografia, Curso de Especialização lato-senso em Distúrbio de Aprendizagem. Didática, São Paulo.

Clique aqui para avaliar este artigo

Voltar para seção de artigos

Anterior  

Voltar para a primeira página deste artigo

Como referenciar: "A Aprendizagem Escolar Diante do Déficit de Atenção" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 17/05/2024 às 09:58. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/deficitatencao/index.php?pagina=4