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A Inclusão Social do Portador de Epilepsia na Educação Infantil
Autor: Zulmira Costa Adjuto
Data: 02/02/2017
RESUMO
Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia, a epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Por conta da epilepsia nos filhos, muitos pais preocupados e confusos tornam-se extremamente permissivos ou o contrário, rejeitam a epilepsia e os impedem de viver normalmente participando de atividades sociais e esportivas. Esse comportamento inadequado dos pais diante da epilepsia gera na criança, que percebendo isso nos pais, comportamentos também inadequados em casa e na escola, dificuldades de aprendizado e de relacionamento com os colegas. Este artigo bibliográfico tem a finalidade de descrever o que vem a ser o transtorno conhecido como epilepsia e quais as consequências que o mesmo ocasiona no tocante a interação social de crianças na fase escolar, mais precisamente no ensino infantil. Além disso, o artigo faz uma análise de como é realizada a inclusão de portadores de necessidades especiais na realidade da educação brasileira e o papel do educador frente a esse desafio. Não menos importante, o artigo buscou listar quais as dificuldades enfrentadas na inclusão de portadores de epilepsia na educação infantil e possíveis recursos que podem ser utilizados para saná-las.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Infantil. Epilepsia. Inclusão social
1. INTRODUÇÃO
Esse artigo tem como principal objetivo, dissertar acerca da epilepsia e como a mesma é vista no tocante à inclusão do portador na educação infantil. Para isso, é importante saber como ocorrem as relações sociais portador de epilepsia na escola, os meios didáticos e os meios físicos necessários para que essa criança seja acolhida da melhor forma possível de maneira inclusiva.
O país vive hoje um momento em que os métodos de ensino estão passando por uma reavaliação, antigos conceitos estão desaparecendo, e as escolas estão abrindo suas portas para as crianças com necessidades especiais. A rede pública e particular passa por uma reeducação para começar a receber crianças que necessitam de atendimento especial, um dos casos é o atendimento a crianças portadoras de epilepsia. Mas infelizmente, sabe-se ainda que essa não é uma realidade em todas as instituições de ensino do país e muitas delas precisam se informar e adequar a esse acolhimento, bem como os profissionais da área, como educadores e funcionários.
Desse modo, a criança com epilepsia, assunto desse artigo, por possuir características peculiares, necessita de um amparo especial por profissionais de educação infantil preparados, para que assim possam desenvolver suas potencialidades e driblas suas limitações.
2 . EPILEPSIA
Segundo Fernandes (2013), os primeiros relatos de epilepsia são do ano de 2000 a.C, onde foram encontrados em textos babilônicos. Mas o termo epilepsia, assim como conhecemos nos dias atuais, foi utilizado pela primeira vez na Grécia antiga, e possuía o sentido de estar sendo "possuído", devido ao modo da pessoa se portar quando está tendo uma crise epiléptica. Realmente nos primórdios a epilepsia era considerada como uma possessão de entidades espirituais, fato que levou a doença ser encarada com misticismo e crenças errôneas que infelizmente perduram até os dias atuais.
Entretanto, no século XIX, houve um avanço no conhecimento da neurofisiologia, momento este em que a epilepsia começou a ser vista com outros olhos pela comunidade científica. O neurologista britânico John Hughlings Jackson, foi um dos primeiros a propor uma base anatômica e fisiológica organizada para a hierarquia e localização das funções cerebrais (FERNANDES, 2013).
Segundo Moreira (2004), no século XX esses avanços se tornaram cada vez mais crescentes e os cientistas começaram a ver claramente que a epilepsia se tratava de uma doença que deveria ser diagnosticada e tratada.
Fisher et al (2005), define a epilepsia como um distúrbio cerebral causado pela permanente predisposição do cérebro em gerar crises epilépticas espontâneas, recorrentes as quais podem acompanhar consequências neurobiológicas, cognitivas e sociais.
De acordo com Fernandes (2013):
Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia, a epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Por conta da epilepsia nos filhos, muitos pais preocupados e confusos tornam-se extremamente permissivos ou o contrário, rejeitam a epilepsia e os impedem de viver normalmente participando de atividades sociais e esportivas. Esse comportamento inadequado dos pais diante da epilepsia gera na criança, que percebendo isso nos pais, comportamentos também inadequados em casa e na escola, dificuldades de aprendizado e de relacionamento com os colegas. Este artigo bibliográfico tem a finalidade de descrever o que vem a ser o transtorno conhecido como epilepsia e quais as consequências que o mesmo ocasiona no tocante a interação social de crianças na fase escolar, mais precisamente no ensino infantil. Além disso, o artigo faz uma análise de como é realizada a inclusão de portadores de necessidades especiais na realidade da educação brasileira e o papel do educador frente a esse desafio. Não menos importante, o artigo buscou listar quais as dificuldades enfrentadas na inclusão de portadores de epilepsia na educação infantil e possíveis recursos que podem ser utilizados para saná-las.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Infantil. Epilepsia. Inclusão social
1. INTRODUÇÃO
Esse artigo tem como principal objetivo, dissertar acerca da epilepsia e como a mesma é vista no tocante à inclusão do portador na educação infantil. Para isso, é importante saber como ocorrem as relações sociais portador de epilepsia na escola, os meios didáticos e os meios físicos necessários para que essa criança seja acolhida da melhor forma possível de maneira inclusiva.
O país vive hoje um momento em que os métodos de ensino estão passando por uma reavaliação, antigos conceitos estão desaparecendo, e as escolas estão abrindo suas portas para as crianças com necessidades especiais. A rede pública e particular passa por uma reeducação para começar a receber crianças que necessitam de atendimento especial, um dos casos é o atendimento a crianças portadoras de epilepsia. Mas infelizmente, sabe-se ainda que essa não é uma realidade em todas as instituições de ensino do país e muitas delas precisam se informar e adequar a esse acolhimento, bem como os profissionais da área, como educadores e funcionários.
Desse modo, a criança com epilepsia, assunto desse artigo, por possuir características peculiares, necessita de um amparo especial por profissionais de educação infantil preparados, para que assim possam desenvolver suas potencialidades e driblas suas limitações.
2 . EPILEPSIA
Segundo Fernandes (2013), os primeiros relatos de epilepsia são do ano de 2000 a.C, onde foram encontrados em textos babilônicos. Mas o termo epilepsia, assim como conhecemos nos dias atuais, foi utilizado pela primeira vez na Grécia antiga, e possuía o sentido de estar sendo "possuído", devido ao modo da pessoa se portar quando está tendo uma crise epiléptica. Realmente nos primórdios a epilepsia era considerada como uma possessão de entidades espirituais, fato que levou a doença ser encarada com misticismo e crenças errôneas que infelizmente perduram até os dias atuais.
Entretanto, no século XIX, houve um avanço no conhecimento da neurofisiologia, momento este em que a epilepsia começou a ser vista com outros olhos pela comunidade científica. O neurologista britânico John Hughlings Jackson, foi um dos primeiros a propor uma base anatômica e fisiológica organizada para a hierarquia e localização das funções cerebrais (FERNANDES, 2013).
Segundo Moreira (2004), no século XX esses avanços se tornaram cada vez mais crescentes e os cientistas começaram a ver claramente que a epilepsia se tratava de uma doença que deveria ser diagnosticada e tratada.
Fisher et al (2005), define a epilepsia como um distúrbio cerebral causado pela permanente predisposição do cérebro em gerar crises epilépticas espontâneas, recorrentes as quais podem acompanhar consequências neurobiológicas, cognitivas e sociais.
De acordo com Fernandes (2013):
As crises epilépticas são definidas como manifestações clínicas que refletem disfunção temporária de um conjunto de neurônios. Dependendo da localização, as crises podem ser focais, ou seja, com início em uma região restrita do encéfalo, ou generalizada, quando as descargas se originam concomitantemente nos dois hemisférios. As crises focais podem ser simples, quando há preservação da consciência durante o ictus (crise epiléptica), ou complexas, quando há perda de consciência.
Como referenciar: "A Inclusão Social do Portador de Epilepsia na Educação Infantil" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 02/11/2024 às 16:08. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/inclusaoepilepsia/