A Formação Matemática de Professores do 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental da Escola Jarbas Passarinho (página 2)
A partir da Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a formação do profissional da educação tem como fundamento, segundo o art 61:
I . ter associação entre as teorias e práticas inclusive mediante a capacitação em serviço.
II . aproveitamento de sua formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
O art 62 deixa claro as exigências de sua formação docente em nível superior, em curso de licenciatura, graduação plena em universidades e instituições superiores de educação, admitindo a formação mínima do magistério para a educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental oferecida em nível médio e na modalidade normal. Os demais artigos n° 63 a 67 são de suma importância para o educador que precisa ter conhecimentos dos deveres e direitos legais que ele(a) pode usufruir, e acredita-se que não há como explicar a regência dos docentes de mais de uma década com apenas capacitação mínima do magistério se perpetuando com a mesma prática e indiferentes aos avanços que existem a seu favor.
Não se trata de se ter o magistério ou o magistério superior, isso nem se discuti, pois toda experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional, e ainda quando esta experiência parte do interesse pessoal e coletiva de fazer e buscar o melhor para o desenvolvimento de uma educação de qualidade.
A formação matemática do professor
Pode-se perguntar como ocorreu nossa formação matemática nas aulas da educação básica? E ainda, hoje como professor da educação da infância , qual nosso desempenho nas aulas de matemática que ministramos? Que percurso trilhamos para desenvolver uma aula de qualidade e significativa? Lembrando que aula significativa está atrelada aos estudos desenvolvidos por Ausubel sobre aprendizagem significativa.
Todo e qualquer profissional precisa conhecer e se apropriar do instrumento de trabalho que irá fazer uso. Em educação essa premissa é fortalecida e ampliada, pois se estará formando cidadãos que deverão atuar na sociedade. Na disciplina de matemática os professores devem conhecer a fundo seus conceitos e as metodologias que poderão favorecer a aprendizagem significativa. Não está se falando que o docente precisa ser matemático, e tão pouco que ele tenha realizado uma licenciatura em matemática. O educador necessita conhecer e se apropriar da matemática, não a matemática acadêmica, mas a matemática escolar, aquela em que os caminhos para a aprendizagem estão dentro e fora da escola. Quem nos esclarece bem essa distinção é Moreira e David, quando nos dizem que
[...] a Matemática Acadêmica é sinônimo que se refere à Matemática como um corpo científico de conhecimentos, segundo a produzem e a percebem os matemáticos profissionais. E Matemática Escolar refere-se ao conjunto dos saberes "validados", associados especificamente ao desenvolvimento do processo de educação escolar básica em Matemática [...] a Matemática Escolar inclui tanto saberes produzidos e mobilizados pelos professores de Matemática em sua ação pedagógica na sala de aula da escola, quanto resultados de pesquisas que se referem à aprendizagem e ao ensino escolar de conceitos matemáticos, técnicos, processos etc (2005, p. 20).
A afirmação dos autores não está restrita aos professores do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, mas a todos os educadores da educação básica. Os das séries iniciais devem sim possuir formação matemática também, a qual se inicia desde sua entrada na escola como estudante até sua volta (à escola) como um profissional que irá atuar para o desenvolvimento integral de muitas crianças. Os alicerces estão sendo enraizados na educação da infância e eles irão se estender em todo o trajeto escolar e extra-escolar do discente.
Quantos são os desafios que os professores enfrentam na sua formação inicial e continuada? É fato que no nosso país nossos educadores enfrentam grandes dificuldades para se apropriarem da uma formação integral. Contudo essas complicações devem servir de estímulo para a busca de melhoras, de avanços... O compromisso com a educação deve prevalecer, pois os alunos esperam o melhor de seus professores. Os educandos confiam na palavra de seus educadores. Então não se pode cruzar os braços e deixar como estar. Arregaçar as mangas, ir à busca de desenvolvimento faz parte do ofício do profissional da educação. Quem ilustra bem esse fato é Lorenzato (2006) e Demo (2004).
O primeiro autor, que firma seus estudos sobre a formação de professores, nos convida à reflexão sobre o tema exposto e a muitos outros. Sergio Lorenzato dedica um capítulo de sua obra "Para aprender matemática" à formação individual do professor. Ele amplia a discussão tocando em outros temas que estão associados à formação do professor, estendendo para o processo coletivo da formação. O outro escritor nos remete ao ofício do professor. Ele enfoca a necessidade de CONHECER, para poder ensinar e avaliar. Conhecer o que está ensinando e conhecer seus alunos é um dos fatores que Pedro Demo considera essencial para o desenvolvimento da educação, e ainda ele percebe a escola como um ambiente que favoreça no aluno o desenvolvimento da capacidade de pensar. E se o discente pensa, logo ele existe (parafraseando René Descartes 1596-1650; Cogito, ergo sum: penso, logo existo).
O professor que ministra a disciplina de matemática nas séries iniciais, ainda é influenciado pelas metodologias de outrora, que são baseadas na aprendizagem por meio da imitação e repetição de exemplos, exercícios e tarefas. Ele tende a não se sujeitar as outras práticas mais atualizadas, que condizem com a realidade dos envolvidos no processo educativo, professor e aluno; uma vez que, o próprio professor não se conscientiza de que seu ensino muitas vezes não faz parte de sua realidade, ou seja, acaba realizando uma ação sem sentido para ele mesmo, o que irá refletir na aprendizagem do aluno, se houver. Esse, portanto, não tem a oportunidade de conhecer a matemática por um viés mais criativo e inovador, fundamentada no seu contexto social.
A formação matemática tem que superar a ideia de privilegiar os conteúdos matemáticos e começar a valorizar as metodologias, que dão abertura para a realização de uma aula mais atrativa e interativa entre professor e aluno e o objeto do conhecimento. A existência de momentos de discussão, exposição de diversos pontos de vista, elaboração de hipóteses e questionamentos fazem o ambiente se tornar mais propício à aprendizagem da matemática.
A formação matemática do professor deve fazê-lo compreender que a aprendizagem significativa ocorre quando ele se prontifica em auxiliar o aluno, como um mediador no processo de ensino-aprendizagem. Isso só será possível a partir de uma formação consistente em teorias e práticas que prime pela realidade matemática do aluno, servindo como ponto de partida e continuidade desse processo.
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