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O Pedagogo em Ação: Desenvolvendo Seu Trabalho em Programas Sociais (página 5)

5- Considerações Finais

Para se conhecer o trabalho do pedagogo no espaço não escolar, em programa social, utilizou-se o questionário que trazia questões relacionadas a esse trabalho e aspectos importantes quanto ao seu desenvolvimento. Julgamos que ninguém melhor que a equipe poderia dizer qual a importância do pedagogo nesse espaço, por outro lado, ninguém responde tão bem como o próprio pedagogo em exercício desta função, sobre seus desafios, limitações e oportunidades.

As dificuldades para a realização desta pesquisa giraram em torno de ser ainda uma atuação pouco explorada. As bibliografias relacionadas são menos comuns que as relacionadas às outras áreas de atuação do mesmo, o que leva a pesquisa a se basear mais em artigos científicos que em livros de autores renomados. Além de ser um trabalho desconhecido pela maioria das pessoas que ainda não conhecem qual a função exercida pelo pedagogo e a sua importância. Percebemos insegurança da parte da equipe ao se tratar deste aspecto uma vez que julgaram importante a presença de um pedagogo junto à equipe, porém, sem fundamentar a justificativa, o que caracteriza desconhecimento do assunto.

Após analisarmos as repostas dos pedagogos envolvidos no programa que deu origem a este estudo de caso, percebemos aspectos importantes que fazem com que esta pesquisa se torne de grande valor para pedagogos que desejam exercer seu papel dentro de um programa social. Dentre esses aspectos podemos pontuar o fato de ser um trabalho realizado fora do ambiente escolar o que promove a autonomia do pedagogo, por fugir do atendimento seqüencial e programático, imposto pelo sistema de ensino a que estão submetidas às escolas públicas e às instituições de ensino. As aulas podem ser ministradas fora da sala de aula, geralmente em espaços ao ar livre, de maneira dinâmica e diversificada. O pedagogo se comprometerá em formar o cidadão nos aspectos de sua moral e conduta ética, trabalhando temas de sua realidade envolvendo sentimento de acordo com a necessidade das crianças e diariamente é gerado por esse trabalho um sentimento de solidariedade, respeito, amor que será a base do relacionamento que direcionará todo o trabalho por ele exercido.

O trabalho com as crianças ditas de baixa renda, ou em situação de vulnerabilidade social, acarreta um preconceito que abre a porta para que essas crianças sejam geralmente rotuladas como agressivas, de baixo rendimento escolar e indisciplinadas. Através de observação no decorrer das aulas neste estudo de caso, as crianças demonstraram-se abertas ao conhecimento, participativas nas atividades propostas, amáveis com seus professores, solidários com os colegas e gratos pela oportunidade de fazerem parte do programa.

O pedagogo social deve, portanto, estar disposto a se dedicar a essas crianças e a se fazer por vezes amigo, parente, defensor, abrigo, enfermeiro, psicólogo, educador, fonte de afeto e respeito e por fim, ele deve ser um bom ouvinte e um melhor conselheiro esse caminho levará a um trabalho de sucesso. Onde ambos serão aperfeiçoados e terão um bom êxito por simultaneamente ensinar e aprender. Doar e receber. Acima de tudo vê-los cada um como um mundo de possibilidades de acertos que farão o mundo melhor. Acreditar nas pessoas é o ideal dentro do programa social.

        
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Como referenciar: "O Pedagogo em Ação: Desenvolvendo Seu Trabalho em Programas Sociais" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 18/05/2024 às 14:13. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/pedagogoemacao/index.php?pagina=4