Reflexões Sobre a Prática de Educadores na Rede Regular de Ensino Quanto à Inclusão Social (página 2)
Durante muitos anos para alfabetizar as PNEE, era necessário que elas freqüentassem escolas especiais. Estas instituições ocupavam-se apenas daqueles que eram fora da normalidade concebida pela escola regular, lá permaneciam todos aqueles que acreditavam ser diferentes, sendo assim, estes deveriam ficar fora de determinados espaços e excluídos de certos contextos.
Com base em leituras e pesquisas realizadas acerca de pessoas com necessidades especiais, ressalta-se que escolas especiais são importantes para o desenvolvimento destas pessoas, desde que seja um complemento a escola regular. A diferença dar-se-ia que na escola regular estas pessoas se socializariam com os demais que conviveriam com as diferenças e de acordo com Vygotsky (2007) construiriam o conhecimento. Já a escola especial teria outro papel, contando com profissionais especialistas esta demanda de alunos trabalhando assim cada dificuldade de forma diferenciada.
É importante ressaltarmos que a escola inclusiva, tem como base um processo educativo entendido como um processo social. Ou seja, ele promoverá uma revolução educacional, pois envolverá uma escola eficiente, comunitária, solidária e democrática, onde a multiplicidade ultrapassará o limite de integração alcançando assim a inclusão social, porém, cabe ressaltar que para as escolas receberem esta demanda de crianças em suas classes regulares, é importante contar com profissionais que acreditem em suas potencialidades, porém é essencial a capacitação dos educadores, pois os conhecimentos teóricos trazem a eles contribuições importantes às quais permitirão fundamentar suas ações.
2 ASPECTOS LEGAIS: MÚLTIPLOS OLHARES ACERCA DA INCLUSÃO
Podemos considerar a Declaração de Salamanca (1994), como um marco histórico para educação especial, apesar de que desde o ano de 1993 já havia várias implementações através de documentações oficiais do MEC como a "Política Nacional de Educação Especial" e a "Declaração Mundial sobre Educação para todos'.
A Declaração de Salamanca é um documento que foi elaborado na cidade de Salamanca na Espanha, o qual prevê que a educação de pessoas com deficiência seja parte integrante do sistema educacional na rede regular de ensino, visto que toda criança tem características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem únicas, sendo assim, é certo afirmar que toda escola tem o dever de desenvolver uma pedagogia centrada na criança, visando satisfazer suas necessidades, o que evitaria o grande número de repetência que causa a evasão escolar.
Este documento também traz muito claro o fator da formação dos educadores para trabalhar com esta demanda de alunos, sendo uma obrigação política a realização de cursos complementares como medida de qualificação dos mesmos. Outro ponto muito forte demarcado pela declaração evidencia que as inserções destes alunos em escolas regulares constituem meios eficazes de combater atitudes discriminatórias e exclusão social, sendo assim fica claro o princípio fundamental da escola inclusiva onde todas as crianças devem aprender juntas independentes de quaisquer dificuldades ou diferenças.
Outro aspecto legal o qual devemos nos deter é a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB - Lei nº. 9394/96) que decreta em seu art. 58 que a educação especial é uma modalidade da educação escolar e deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para as PNEE. Porém neste mesmo artigo no seu parágrafo primeiro fica evidente a necessidade de serviços de apoio especializados para atender estes educandos. É claro também no art. 59 que os sistemas de ensino oferecerão currículos, métodos e técnicas específicas para atender esta demanda, professores qualificados, ou seja, especialistas no assunto e uma educação voltada para o trabalho com acesso igualitário a todos os benefícios.
Questiona-se até que ponto as escolas regulares estão atendendo as exigências legais da LDB e demais decretos que acercam a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais. Eis aqui o impasse o qual me refiro no próprio título deste artigo onde o não cumprimento da referida Lei segundo a concepção de pesquisadora do assunto acerca o fato de estarmos integrando estas pessoas nos bancos escolares e não as incluindo visto que já é de nosso saber que muitas escolas as quais se dizem inclusivas não tem as premissas básicas para atendimento destes educandos.
3 O PROFESSOR E A INCLUSÃO: DESAFIOS EDUCACIONAIS NA REDEFINIÇÃO DOS PAPÉIS
"Para entender é preciso esquecer quase tudo que sabemos. A sabedoria precisa de esquecimento. Esquecer é livrar-se dos jeitos de ser que se sedimentaram em nós, e que nos levaram a crer que as coisas têm de ser do jeito que são (...) Rubem Alves (2003).
Educação, esta palavra tão encantadora traz grandes desafios para seus seguidores e fazem das escolas partes integrantes de seu contexto, lugares onde novas competências devem ser adquiridas, reconhecidas desenvolvidas. E quem são os atores que fazem parte deste contexto? Educadores...
Trabalhar com crianças com necessidades especiais sempre foi um desafio para os profissionais da área da educação. Ao longo da caminhada que tange a educação especial muitos ignoraram a existência destes alunos deixando assim a responsabilidade para algum grupo de professores mais "piedosos" os quais lançavam-se para o desafio.
Muitos professores têm receio em receber alunos com necessidades especiais e justificam-se com o despreparo para trabalhar com estas crianças. O receio é natural e pertinente à medida que não houve uma formação adequada para atender esta demanda de alunos, mas cabe aqui o questionamento frente a outros profissionais que com a mesma formação desenvolvem o trabalho com estas crianças. Aqui encontramos uma diferenciação e talvez a resposta que estamos buscando com a pesquisa realizada.
A diferenciação recai quando muitos educadores trabalham com matérias diferenciadas com seus alunos porque eles não dominam as questões que são postas aos outros. Estes profissionais ditos inclusivos são capazes de trabalhar um desenho com um aluno visto como 'incapaz', enquanto os demais 'capazes' realizam cálculos matemáticos ou outros conteúdos pré-programados os quais tem de cumprir para no próximo ano cursar a outra série. Que forma de inclusão é esta? Do que estamos falando? Que escola inclusiva é esta? Para Baptista (2009, p. 106) , "a escola tem que ser um espaço aberto, um espaço de segurança onde o risco seja possível, o erro tolerado e as tentativas aceitas sem gracejos, sem humilhações nem julgamentos definitivos".
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