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TDAH e Controle Inibitório: Relevância de um Programa Neuropsicopedagógico de Estimulação das Funções Executivas em Sala de Aula (página 2)
A existência de uma base biológica na origem das TDAH é fato: em estudos mais recentes foi possível estabelecer uma relação entre a capacidade de uma pessoa prestar atenção às coisas e a sua de atividade cerebral. Áreas do cérebro menos ativadas em pessoas portadoras de TDAH do que em pessoas sem esta problemática foram observadas, dando margem a suspeita de uma disfunção do lóbulo frontal e das estruturas diencéfalo-mesenfálicas.
O transtorno se relaciona as disfunções de regiões frontoestriatais do cérebro e dos circuitos cerebelares. Quatro regiões distintas no córtex frontal se relacionam diretamente com os sintomas neurobiológicos do TDAH: a dificuldade da atenção seletiva, os sintomas da disfunção executiva e os sintomas de hiperatividade e sintomas de impulsividade.
Os sintomas relacionados á dificuldade de atenção tem estreita relação com o processamento ineficiente das informações na região do córtex do giro cíngulo anterior; os relacionados a disfunção executiva com a inabilidade de sustentar a atenção e a dificuldade de resolução de problemas relaciona-se com a região dorsolateral do córtex pré-frontal e os relacionados a hiperatividades ligados à área motora suplementar e ao córtex pré-motor e os sintomas ligados a impulsividade com a modulação de áreas orbitofrontais.
Nem todos indivíduos tem o mesmo grau de comprometimento dessas funções, e estudos recentes nos sugerem que as diferentes topografias das anormalidades pré-frontais associam-se aos diferentes endofenótipos comportamentais.
Isso nos leva hipóteses de que cada uma dessas áreas do córtex pré-frontal pode estar ligada a outras áreas cerebrais e também a áreas subcorticais, através do circuito córtico-estriatal-talâmico-cortical.
Assim podemos dizer que: 1- a disfunção das áreas do córtex pré-frontal levam a dificuldades na organização, planejamento e autorregulação, bem como na manutenção de informações mentais (memória operacional). 2-o córtex orbitofrontal é a parte mais envolvida no controle dos impulsos e do controle inibitório e está também intimamente relacionada com o núcleo accumbens, que é um dos mais importantes sistemas relacionados ao sistema de recompensa de neurotransmissão dopaminérgica.
A causa da disfunção nessas várias áreas do córtex frontal ainda é hipotética, e hoje temos conhecimento das anormalidades moleculares decodificadas por genes, pela neuromodulação dopaminérgica anormal e de genes ligados a modulação noradrenérgica.
Quanto a sua neurobiologia o TDAH está ligado a um mecanismo inadequado de vigilância associado ao sistema inibidor do comportamento.
Crianças com TDAH têm inadequada ativação de áreas pré-frontais frente tarefas que envolvam habilidades executivas de organização e planejamento. Uma excessiva estimulação dopaminérgica e noradrenérgica associada à ansiedade, ao transtorno de humor, bem como às alterações do ciclo sono-vigília também podem ser evidenciadas.
Três hipóteses ligadas a sistemas de neurotransmissão são evidenciadas: sistema dopaminérgico, noradrenérgico e serotoninérgico. Na hipótese dopaminérgica temos a ação da dopamina no comportamento motor, e alguns fármacos eficazes no tratamento do TDAH possuem atividades dopaminérgicas.
Na hipótese noradrenérgica há uma semelhança com a dopaminérgica: fármacos com ação noradrenérgica e distribuição anatômica de noradrenalina deficitária . O papel modulador da noradrenalina em funções corticais como a atenção, a vigilância e as funções executivas parece ser relevante.
Já na hipótese serotoninérgica estaria a serotonina modulando a hiperatividade sem produzir alterações nas concentrações de dopamina. Esses circuitos quando ativados podem estimular excessivamente o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que induziria ao estresse fisiológico e ao aumento do cortisol , que nesses casos, poderia levar a atrofia cerebral, diminuindo os mecanismos da neurogênese de áreas importantes para a memória, como o hipocampo, e dos mecanismos neuroquímicos e neurobiológicos relacionados à plasticidade.
Podemos concluir que dois sistemas atencionais tem sua relevância no TDAH:um dopaminérgico relacionado a atenção anterior pré-frontal e noradrenalérgico, relacionado a atenção posterior, envolvidos na expressão da tríade do transtorno: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
O grau de comprometimento dessas vias estaria intrinsecamente ligado a disfunções comportamentais como: alteração da motivação, processamento temporal das informações, planejamento e organização motora, que compõem a base neuropsicológica disfuncional representada por falhas das funções executivas, atencionais e falhas na inibição do comportamento.
A dopamina é um neurotransmissor intimamente ligado ao controle executivo, ao domínio e à inibição do comportamento motor, à memória operacional e aos sistemas que relacionam as reações de recompensa não imediata.
Já a noradrenalina é relacionada ao acoplamento aos estímulos relevantes, à modulação neurocomportamental e a mudanças fisiológicas ,no sistema de controle da vigilância, acoplamento e desacoplamento de informações relevantes e para memória de trabalho viso-espacial, dada a sua representação cerebral mais difusa e mais ampla nas áreas posteriores (associativas e visuais) do cérebro.
A serotonina é outro neurotransmissor importante na neuroquímica do TDAH para a modulação da liberação de dopamina pré-sináptica assim como as neurotrofinas, que são proteínas secretadas no SNC e que têm um papel importante na modulação da atenção e estão relacionadas a respostas de facilitação da cognição e da atenção relacionadas ao exercício físico, que é conhecidamente um dos fatores de aumento da produção desses moduladores cerebrais.
Como vimos, a região pré-frontal tem grande participação nos sintomas e comportamentos do TDAH e as funções executivas têm, nessa região, sua grande expressão.
O transtorno se relaciona as disfunções de regiões frontoestriatais do cérebro e dos circuitos cerebelares. Quatro regiões distintas no córtex frontal se relacionam diretamente com os sintomas neurobiológicos do TDAH: a dificuldade da atenção seletiva, os sintomas da disfunção executiva e os sintomas de hiperatividade e sintomas de impulsividade.
Os sintomas relacionados á dificuldade de atenção tem estreita relação com o processamento ineficiente das informações na região do córtex do giro cíngulo anterior; os relacionados a disfunção executiva com a inabilidade de sustentar a atenção e a dificuldade de resolução de problemas relaciona-se com a região dorsolateral do córtex pré-frontal e os relacionados a hiperatividades ligados à área motora suplementar e ao córtex pré-motor e os sintomas ligados a impulsividade com a modulação de áreas orbitofrontais.
Nem todos indivíduos tem o mesmo grau de comprometimento dessas funções, e estudos recentes nos sugerem que as diferentes topografias das anormalidades pré-frontais associam-se aos diferentes endofenótipos comportamentais.
Isso nos leva hipóteses de que cada uma dessas áreas do córtex pré-frontal pode estar ligada a outras áreas cerebrais e também a áreas subcorticais, através do circuito córtico-estriatal-talâmico-cortical.
Assim podemos dizer que: 1- a disfunção das áreas do córtex pré-frontal levam a dificuldades na organização, planejamento e autorregulação, bem como na manutenção de informações mentais (memória operacional). 2-o córtex orbitofrontal é a parte mais envolvida no controle dos impulsos e do controle inibitório e está também intimamente relacionada com o núcleo accumbens, que é um dos mais importantes sistemas relacionados ao sistema de recompensa de neurotransmissão dopaminérgica.
A causa da disfunção nessas várias áreas do córtex frontal ainda é hipotética, e hoje temos conhecimento das anormalidades moleculares decodificadas por genes, pela neuromodulação dopaminérgica anormal e de genes ligados a modulação noradrenérgica.
Quanto a sua neurobiologia o TDAH está ligado a um mecanismo inadequado de vigilância associado ao sistema inibidor do comportamento.
Crianças com TDAH têm inadequada ativação de áreas pré-frontais frente tarefas que envolvam habilidades executivas de organização e planejamento. Uma excessiva estimulação dopaminérgica e noradrenérgica associada à ansiedade, ao transtorno de humor, bem como às alterações do ciclo sono-vigília também podem ser evidenciadas.
Três hipóteses ligadas a sistemas de neurotransmissão são evidenciadas: sistema dopaminérgico, noradrenérgico e serotoninérgico. Na hipótese dopaminérgica temos a ação da dopamina no comportamento motor, e alguns fármacos eficazes no tratamento do TDAH possuem atividades dopaminérgicas.
Na hipótese noradrenérgica há uma semelhança com a dopaminérgica: fármacos com ação noradrenérgica e distribuição anatômica de noradrenalina deficitária . O papel modulador da noradrenalina em funções corticais como a atenção, a vigilância e as funções executivas parece ser relevante.
Já na hipótese serotoninérgica estaria a serotonina modulando a hiperatividade sem produzir alterações nas concentrações de dopamina. Esses circuitos quando ativados podem estimular excessivamente o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que induziria ao estresse fisiológico e ao aumento do cortisol , que nesses casos, poderia levar a atrofia cerebral, diminuindo os mecanismos da neurogênese de áreas importantes para a memória, como o hipocampo, e dos mecanismos neuroquímicos e neurobiológicos relacionados à plasticidade.
Podemos concluir que dois sistemas atencionais tem sua relevância no TDAH:um dopaminérgico relacionado a atenção anterior pré-frontal e noradrenalérgico, relacionado a atenção posterior, envolvidos na expressão da tríade do transtorno: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
O grau de comprometimento dessas vias estaria intrinsecamente ligado a disfunções comportamentais como: alteração da motivação, processamento temporal das informações, planejamento e organização motora, que compõem a base neuropsicológica disfuncional representada por falhas das funções executivas, atencionais e falhas na inibição do comportamento.
A dopamina é um neurotransmissor intimamente ligado ao controle executivo, ao domínio e à inibição do comportamento motor, à memória operacional e aos sistemas que relacionam as reações de recompensa não imediata.
Já a noradrenalina é relacionada ao acoplamento aos estímulos relevantes, à modulação neurocomportamental e a mudanças fisiológicas ,no sistema de controle da vigilância, acoplamento e desacoplamento de informações relevantes e para memória de trabalho viso-espacial, dada a sua representação cerebral mais difusa e mais ampla nas áreas posteriores (associativas e visuais) do cérebro.
A serotonina é outro neurotransmissor importante na neuroquímica do TDAH para a modulação da liberação de dopamina pré-sináptica assim como as neurotrofinas, que são proteínas secretadas no SNC e que têm um papel importante na modulação da atenção e estão relacionadas a respostas de facilitação da cognição e da atenção relacionadas ao exercício físico, que é conhecidamente um dos fatores de aumento da produção desses moduladores cerebrais.
Como vimos, a região pré-frontal tem grande participação nos sintomas e comportamentos do TDAH e as funções executivas têm, nessa região, sua grande expressão.
Como referenciar: "TDAH e Controle Inibitório: Relevância de um Programa Neuropsicopedagógico de Estimulação das Funções Executivas em Sala de Aula" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 02/05/2024 às 19:20. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/tdah_e_controle_inibitorio/index.php?pagina=1