A educação e o processo de inclusão do aluno cego no ensino fundamental: memórias e reflexões federais, estaduais e municipais (página 4)
Quadro 1: Como facilitar o contato com o aluno cego |
Procurar obter informações sobre a criança cega, tais como: Qual seria a patologia, onde se faz o acompanhamento especializado de outros serviços e como é o seu temperamento perante a criança cega. |
Envolver uma boa comunicação com a mãe ou o responsável pelo aluno. |
Fazer contato com o serviço que acompanha a criança, que viabiliza troca de informações. |
Fazer com que o aluno cego explore como é a escola, que ele conheça também a professora, que conheça também o nome da professora, a sua voz, antes dos seus primeiros dias de aula. Isso ajudará bastante na nova situação, para que a criança se sinta mais segura na escola. |
Socializar todas as informações com todos os funcionários da escola, para que eles tenham um bom entendimento de quais são as necessidades específicas de um aluno cego e que eles saibam como agir na hora com ele. |
Evitar a superproteção do aluno cego e deixar que tente por ele mesmo. |
Na maior parte do tempo, a criança cega se comporta fazendo birras e ficando agressivo, e isso não será justificado pela sua cegueira, pois limites e regras são para todas as crianças. |
Não valorizar as aquisições realizadas pelas crianças cegas, porque aprender é um processo evolutivo para todas as crianças. |
Conversar com a criança cega para que ela seja responsável com os seus materiais e atividades. |
Usar termos que não se refiram a ver e olhar, porque a criança cega passará a usar palavras como tocar, pegar, ouvir e perceber. |
Quando conversar com a criança cega, falar de frente com ela, porque isso vai estimulando-a em se manter direcionada a quem fala com ela. E cuidar também em chamar pelo nome quando ela estiver em grupo, para que perceba que é com ela que estão falando. |
Explicar para as demais crianças que se encontram no mesmo ambiente da sala de aula com a criança cega a condição visual do colega. E orientar todas elas a se apresentar, uma de cada vez, falando o próprio nome e incentivar para que a criança cega responda e repita o nome de todos os colegas da sala de aula. |
Estimular as crianças a ter um companheirismo com a criança cega, mas cuidar para que as crianças não se responsabilizem muito pelos cuidados em todas as atividades. |
Situar a criança cega a explorar todos os espaços da escola, fazer com ela tenha uma orientação e mobilidade dentro da escola, para conhecer como os espaços são divididos dentro da sua escola, como: pátio, corredores, área de lazer, banheiro, sala e etc., e também envolvê-la com as pessoas a quem ela possa recorrer dentro da escola. |
Criar várias situações onde as crianças cegas tenham mais tempo de interagir com o meio das pessoas. |
Quando entrarem pessoas estranhas no ambiente que a criança cega está, mantê-la longe e relatar para ela o que vai acontecer. Isso vai evitar o aumento de ansiedade e insegurança da criança. |
Manter a criança cega o mais longe de possíveis barulhos. Porque o excesso de barulhos diferentes poderá provocar desorientação com as crianças cegas. |
Fonte: Adaptação do material literário de AMORIM, C. M. A.; ALVES, M. G. (2008). |
É preciso encontrar uma forma de contexto para ela poder explicar que ela é uma criança diferente de todas e que ela não poderá fazer as mesmas coisas que os outros fazem, e que, pelo fato de ela não enxergar, ela tem o limite e não poderá se comportar como se fosse um bebê, pois ela não é, nem poderá fazer as suas teimosias e birras, porque isso não é uma desculpa e um jeito de fazer com que as outras pessoas tenham dó dela. A criança cega terá que saber se cuidar sozinha, porque um dia terá sua vida independente.