O Perfil do Jovem Estudante do Ensino Fundamental e Médio da Cidade de Imperatriz (página 5)
Indagados sobre o que mais gostam na escola, obteve-se o seguinte resultado: 64,15% afirmaram gostar de estudar; 41,5% gostam de ver os amigos e 11,32% gostam de paquerar. Estes dados são comprovados com as respostas para a seguinte pergunta: O que menos você gosta na escola? Estudar alcançou pouco menos de 2% e bagunçar alcançou um percentual de aproximadamente 38%. Um fato interessante, é que os outros percentuais apontaram uma rejeição acentuada (11,3%) no que se refere a cumprir horários e ter disciplina. O não cumprimento de horários e a rejeição quase total em relação à disciplina refletem a situação atual da sociedade que privilegia o "jeitinho brasileiro" e despreza a pontualidade, ou seja, a dificuldades de conviver com regras e limites e sutilmente são repassados estes valores para as gerações futuras tornando-as permissivas e fazendo "vista grossa" aos pequenos "delitos".
Como imposição de uma sociedade pragmática como a nossa, existe uma constante pressão - dos testes, provas, vestibulares e exames regulares existentes nas instituições educacionais - nos estudantes para aquisição da inteligência linguística, por isso a disciplina de Língua Portuguesa obteve a maior preferência entre os estudantes (35,8%) e ainda para a obtenção da inteligência lógico-matemática, assim a disciplina de Matemática ocupou o 2º lugar com 28,3% da escolha, enquanto que as outras áreas de estudo chegaram ao máximo 11% e Literatura foi desprezada por unanimidade.
Dentre alguns fatores que influenciam nas atitudes de uma comunidade está a música, tanto pelo ritmo quanto pelas mensagens de suas letras. A música foi, e ainda é, instrumento marcante da hegemonia de uma cultura sobre outras, como base para esta afirmação, visualizemos os fins dos anos 1950 a 1970, com a predominância das músicas internacionais (em especial as norte-americanas) sobre a cultura brasileira e por sua vez vem se estendendo até os dias de hoje, porém com menor intensidade, no entanto, ainda permanece certa influência.
Observamos a predominância da cultura local e a influência internacional na escolha das músicas. A cultura local é fortemente percebida na escolha da música escutada pelos estudantes quando perguntados sobre suas canções (ler-se ritmos) preferidas conforme revela os dados a seguir: Forró 37,7%; Música Religiosa 30,1%; Música Eletrônica 28,3%; Reggae 24,6%; MPB 22,6%; Música Internacional e Funk 20,7%; Samba, Pagode e Sertaneja 15%; Brega 18,8%; Música Clássica 11,3%; Rock e Hip Hop 3,7%. Essa variação de gosto tem uma explicação no fato de não termos uma cultura tipicamente maranhense. O que temos em Imperatriz é a influência de várias regiões do Brasil enriquecendo a nossa cultura.
Em relação ao questionamento referente à diversão, foram bem significativas as escolhas por praias, viagens, esportes, filmes, leitura, baladas e internet, sendo que o percentual aproximado e decrescido, respectivamente variou de 37,73% a 22,64%. As escolhas nos pareceram absolutamente normal e dentro das expectativas, no entanto, dentre estes dados, o que mais chamou-nos a atenção, foi o fato de 24,52% dos entrevistados optarem por leitura como atividade de diversão. Fato este que não parece condizer com o perfil que apresentam no decorrer da entrevista.
Em relação ao namoro, pareceu-nos contraditório que 32,07% dos entrevistados afirmaram namorar com compromisso e apenas 11,07% ter consentimento dos pais. O que eles chamam de compromisso? Entendemos que o compromisso é entre eles. Dentre os entrevistados um grupo bem significativo admitiu está apenas ficando e 9,43% do total dos alunos, nos informaram que têm relações sexuais com seus parceiros, mas destes, só 5,66% usam preservativos.
Ao propormos aos alunos uma auto-avaliação do seu temperamento em referente às suas relações pessoais, surpreendentemente 56,5% se autodenomina amigo; 50,05% calmo; 46% desligado e 29,5% vêem-se como agressivos. Ter consciência da agressividade e assumir isso é uma postura madura e consciente.
Ao falar do tema confiança, a maioria dos entrevistados, 49,05%, afirmaram confiar nos pais; 20% não confiam em ninguém; 11,3% confiam nos irmãos e, curiosamente, apenas 7% confiam nos amigos.
Em relação às dificuldades enfrentadas pelos jovens na atualidade, a pesquisa constatou que 38% dos mesmos apontaram a falta de oportunidade como fator que mais dificulta a vida do jovem hoje. Com isso, percebemos que essa falta de oportunidade está relacionada com a ausência de políticas publicas voltadas para o desenvolvimento cultural, social e econômico desta faixa etária, como eles próprios constataram ao avaliar a administração municipal, estadual e federal. Em conseqüência à ausência dessas políticas, a violência pode se manifestar como fator crucial no desenvolvimento da sociedade. Inclusive, a violência foi apontada como o segundo fator que dificulta a vida dos jovens, e o primeiro que mais os aborrecem (75%).
Quando tratamos das maiores dúvidas que inquietam os jovens, a de natureza profissional ocupou o primeiro lugar com 60%. Surpreendentemente, contudo coerentes ao questionamento sobre confiança, os mesmos afirmam recorrer aos pais em busca de auxílio para minimizar suas inquietações.
Segundo o dicionário Houaiss (2004), vício é um hábito nocivo e incontrolável. O marckting realizado pelas indústrias do vício (álcool e tabagismo) capitaliza bilhões por ano, enquanto que na prevenção desses vícios, as cifras são quase irrisórias. A referente pesquisa constatou que 53% dos docentes entrevistados com idade a partir dos 12 anos já experimentaram bebidas alcoólicas e 30% já fumaram. Sobre o comportamento dos jovens a pesquisa apontou que 55% deles já colaram para passar na prova; 51% ficaram reprovados; 49% já brigaram com os colegas; 32% mentiram para faltar à aula; 23% foram suspensos por algum comportamento inadequado; 13% sacanearam o professor; 9% destruíram cartazes em ato de vandalismo e 9% foram advertidos. Estes dados mostram uma juventude que assume seus atos. São dados que revelam a necessidade de a escola refletir sobre sua cultura e as relações existentes na mesma.
A pesquisa também inferia sobre o conceito ótimo, bom, regular ou péssimo que os jovens poderiam atribuir à administração dos governos municipal, estadual e federal. Eles responderam com os seguintes percentuais: 49% consideraram a administração municipal péssima, 47% apontaram a estadual, também como péssima e 32% conceituaram a federal regular. Mesmo considerando a despolitização da juventude na atualidade e o desinteresse da maioria pelas questões político-sociais, percebemos que essa classificação deve-se ao fato desses jovens sentirem na pele, a ausência de direitos básicos, como segurança, saúde e educação, que não são oferecidos de forma satisfatória a população pelas esferas governamentais responsáveis.
Referente ao preconceito, os alunos foram perguntados se já sofreram ou praticaram algum preconceito racial, social, sexual e religioso. Dos entrevistados, 26% responderam que já sofreram preconceito social e 20% preconceito religioso. Com relação à prática desses preconceitos acima mencionados a maioria respondeu que não praticou nenhum preconceito; já os praticantes, cerca de 10%, afirmaram que executaram somente o preconceito sexual e religioso.
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