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Determinantes do Comportamento Humano
As Necessidades Naturais e As Motivações
A Psicologia Educacional mostra que as necessidades naturais e as motivações humanas, são estímulos interiores, que determinam a direção do nosso comportamento.
A disposição de uma pessoa para aprender, está diretamente ligada a esses estímulos que determinam as mudanças do seu comportamento, isto é, a satisfação das necessidades naturais, motivações e intenções.
Necessidades naturais
As nossas Necessidades Naturais podem ser agrupadas para estudar em:
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Fisiológica - fome (alimento) - sede (líquido) sono (reequilibração orgânica);
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Repouso (atividades relaxantes) - atividade (atividade produtiva) - temperatura e abrigo (roupas e habitação) - convivência sexual (relacionamento natural e espontâneo com o sexo oposto).
* psicológicas: - afeto (todos os tipos de atenção) - segurança emocional (ser aceito) - aprovação social (ser elogiado e admirado) - independência (ter opiniões próprias)
* realização (dos próprios planos) - auto-estima (gostar de si mesmo) a mais forte de todas.
O sentimento de não conseguir satisfazer nossas necessidades naturais e não atingir nossas motivações é um sentimento de carência que a psicologia denomina de frustração.
A Psicologia Educacional constata que as nossas frustrações nos levam a buscar a satisfação das necessidades naturais, nossas carências, determinando assim, a direção do nosso comportamento.
Se o professor ensina mostrando a possibilidade de satisfazer das necessidades naturais e de atingir nossas motivações, seguramente consegue aprendizagem, a mudança dos comportamentos.
A necessidade de Auto-Estima
É considerada a nossa necessidade natural mais forte que precisa ser satisfeita.
Apesar de parecer que todas as pessoas sentem auto-estima, a grande maioria sofre da frustração de não gostar de si mesmo. É o sentimento de auto-rejeição. (Não gosto do meu jeito, não gosto de mim...).
O grande problema é que a frustração de sentir auto-rejeição estimula a agressividade e a fuga.
Esses dois comportamentos intensificam as dificuldades de relacionamento humano consigo mesmo e conseqüentemente, com a família e com as pessoas em geral, aumentando a auto-rejeição.
A auto-rejeição, a imagem negativa de si mesmo, começa a ser formada na infância e vai sendo ampliada durante a vida, pela absoluta carência de elogios e incentivos diante dos acertos e vitórias e pelo excesso de críticas negativas e de acusações exageradas pelos erros e enganos cometidos.
O excesso de acusações e condenações, vai funcionando como se fosse uma "hipnose": -"Você é burro" --- "Você é lerdo" --- "Você é desatencioso" -- "Você é porco" --- "Você é avoado" ---"Você é insuportável"--- "Você é incapaz", etc..
Ao chegar à vida adulta, é muito difícil, alguém acreditar que é capaz, competente, inteligente, bem sucedido, apesar de ser a sua verdadeira realidade, como ser humano.
Interessante lembrar que há 2000 anos, Jesus Cristo focalizou a importância da auto-estima no relacionamento humano, quando afirmou:
"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" Mateus
22-39
Nesse ensinamento, está claro que, nos relacionamos com as pessoas, da mesma maneira como nos relacionamos conosco. Se sentirmos auto-rejeição, rejeitamos os outros. Se sentirmos auto-estima, estimamos os outros.
A dificuldade de auto-estima, a auto-rejeição, está sendo considerada hoje, como uma das principais causas da baixa aprendizagem e baixa produtividade das pessoas.