A Pesquisa - Realidade Social (página 4)

E para se produzir um bom texto é preciso conhecer algumas etapas como:

- a intenção do autor, qual o objetivo a ser atingido, estabelecer um paralelo do antes e depois. A informação presente no texto deve aparecer para reflexão, e cabe ao leitor amplia-las, melhorá-las e propor novos caminhos com a ajuda da tecnologia;
- a intertextualidade deve estar sempre presente, porque para desenvolvermos as nossas idéias, precisamos conhecer idéias de outrem, compara-las e depois desenvolver um texto próprio;
- a aceitação, está ligada a informação e a intertextualidade, se ambas estiverem num nível bom, há aceitabilidade do leitor ( ou não).

O texto deve iniciar pelo que o leitor já conhece e logo em seguida o conteúdo novo, tendo como foco o aprendizado. Essa relação com o mundo, a troca de informação é que modificamos ou ampliamos nossos conhecimentos.

 A aprendizagem real que tanto almejamos, sempre deve partir do conhecimento empírico do jovem, situa-lo sempre no cotidiano e a partir daí, informar o novo. Essas etapas de preparação estão sempre presente quando o objetivo é uma aprendizagem real. Esse é o salto que queremos dar, nos preparamos a vida toda para que aconteça em nossas vidas e nas vidas de nossos alunos. É a realização total de um educador que também se recicla, que estuda, que visa melhorar a cada dia.  Ficar muito feliz, quando ao terminar as atividades profissionais do dia, sentir que está colaborando com algumas pessoas para seu crescimento, e que é esta satisfação que move o ser educador existente em cada um nós, teremos certeza, que é o caminho certo. Ser professora, também não é somente ler, pesquisar se reciclar, precisa de algo superior, que é gostar de estar junto, do calor humano, saber que você pode passar alguma informação, até pode ser que não seja nada relacionado com sua disciplina, porque um dia um aluno me disse: Sabe professora, o seu olhar é penetrante, você não desiste de nós, você preocupa-se, você quer ver o nosso bem, pelo simples fato, de que todos os dias, eu chegava perto dele, e dizia: E aí? Beleza?

Ou depois de anos, reencontrar aquele aluninho que agitava a sala, hoje um homem com outro perfil, vem a minha direção e diz: Professora, eu queria falar que sou professor de matemática, e você colaborou muito para minha decisão. Isto é ou não gratificante? Ou quando em casa, você se preocupa com as atividades do dia seguinte, em levar algo interessante, como num dia, resolvi aplicar uma atividade que o texto falava de animais, peso, comida, massa molecular, elaboração de gráfico, porcentagem, e o resultado, o produto final foi fantástico. Primeiro eles estranharam tal texto, questionaram, depois os assuntos matemáticos foram se desenrolando de tal maneira, que a aula terminou e várias perguntas ficaram para a próxima aula. Criar espaços para a contextualização está sendo muito gratificante para mim e para meu crescimento profissional.

Tirar o peso que professor de matemática é chato, é velho, é arrogante, é calculista. A humanização no trabalho, conhecer seus alunos, abrir espaços para somente escutar, observar as reações dos alunos, quando recebem um elogio ou uma nota boa, eles se transformam. Você pode modificar muito o clima de suas aulas, quando elogia, quando sorri, quando pergunta se melhorou, a recíproca é imediata.

Sem conhecer os alunos, não podemos desenvolver um bom trabalho, sugiro que aplique um teste de inteligências múltiplas, peça para produzirem um texto, criarem situações cotidianas, desenhando ou simplesmente na oralidade Você criando vínculos, está uma porta aberta para cobrar, exigir tudo que achar válido, para o crescimento de seus alunos, você não estará perdendo algumas aulas, estará ganhando amigos para toda a sua vida, estará gravada na memória desses alunos, ganhando respeito e carinho com essas atitudes, mais que dando uma prova difícil, em que todos irão mal, só para mostrar quem manda no pedaço.

São caminhos que a barca é furada. Ai vem a humanização novamente, exija sim, mais conhecimentos, mais pesquisa, mais produção, porque quer seu aluno com crescimento educacional e joga-lo para o mercado de trabalho com experiências marcantes e não joga-los somente com conhecimentos teóricos e  fúteis, que ele perceberá que é um inútil na sociedade, porque não questionou a vida toda, porque aceitou suas regras e imposições, porque não se divertiu com os estudos, apenas memorizou para a prova, que sempre tirava nota boa, mais não socializou suas idéias, fazia seus trabalhos só, porque não dividia seus conhecimentos, absorveu tudo pra si. E o mercado de trabalho, exige uma pessoa que se comunique, que defenda seu ponto de vista, e não concorde com tudo que o chefe diz ou pede.

A troca que acontece dentro de uma sala de aula, é única. Quando você se realiza com suas aulas, e seus alunos também, podemos dizer que está acontecendo ensino-aprendizagem nessa sala de aula. Incentive seus alunos, a criar situações do dia a dia, a se expor, a defender suas idéias. Não permita que seus alunos, fiquem calados, somente ouvindo, chame-os para participar, para interferir, para comentar algum fato interessante. Quando você notar, que está falando sem parar, sem dar oportunidade para intervenções, respire... beba água...  acalme-se...e retorne aos livros: Um professor é um mediador.

O professor, às vezes se empolga, com um assunto e quer desenrolá-lo em uma aula. Calma, que os alunos não têm o poder de concentração muito desenvolvido, eles estão construindo suas habilidades mentais. No final de ano, me peguei escrevendo uma conclusão que deveria ser apresentada como relato de experiência. Levei como uma colaboração, pois temos em mente, que quem gosta de escrever é a professora de português. Para minha surpresa, a minha pequena colaboração foi aceita.

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